“O Mourão não está fora, mas tabém não está garantido”, foi dessa forma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu a um questionamento sobre como estão sendo as artiulações em torno de sua candidatura à reeleição em 2022 e sobre a possibilidade de manter o atual vice-presidente, general Hamilton Mourão, na chapa.
Em entrevista nesta segunda-feira (27/9) ao programa “Direto ao Ponto”, da Jovem Pan, o presidente, sempre colocando sua candidatura na condicional – “se eu vier candidato” -, ressaltou que o vice ideal seria “um cara que não tenha ambição pela cadeira [da Presidência]”.
Bolsonaro reconheceu que a figura do vice-presidente tem força em um eventual processo de afastamento do titular e isso o preocupa. “Porque não existe impeachment sem povo e sem vice. Então essa preocupação existe”, afirmou.
O preisdente revelou que em suas articulações de olho em 2002 tem sofrido pressão para que escolha um vice de Minas Gerais ou do Nordeste. Mas além da questão geográfica, o candidato à Vice-Presidência, segundo ele, “tem que agregar”.
“Sou um cara chato”
“Hoje em dia eu tenho condições de ter algumas pessoas no radar, que poderiam ser convidadas, mesmo sabendo que é um sacrifício estar do meu lado, porque eu sou um cara chato. Não é paz e amor o tempo todo não”, destacou Bolsonaro.
O chefe do Executivo federal disse que tem conversado com Mourão e que ele tem importância. “O pessoal do Parlamento prefere mais eu do que ele. Tem esse lado positivo. [Mourão] Não está descartado, mas também não está garantido. Vamos deixar o barco correr”, finalizou.
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