Diante do aumento da taxa de transmissão da Covid-19 e a alta nos casos de diagnósticos do vírus no Distrito Federal, alunos do Centro Universitário de Brasília (Ceub) organizaram um abaixo-assinado para que a instituição mantenha o ensino remoto em 2022. Em menos de 48h, a petição já alcançou mais de 900 assinaturas.
Desde 2020, a faculdade adota o ensino a distância, entretanto, no ano passado, alguns cursos estabeleceram o ensino híbrido, pois havia disciplinas com necessidade de aulas práticas e em laboratório.
Para o ano letivo de 2022, que tem início em 14 de fevereiro, o UniCEUB determinou a volta presencial em todos os cursos ofertados.
O aluno de direito Gustavo Dutz organizou a petição contra o retorno após grande insatisfação dos alunos quanto ao posicionamento da instituição.
“Não teve nenhuma conversa sobre como os alunos se sentem sobre a retomada nesse formato. A faculdade deveria ouvir os alunos e encontrar um caminho de meio termo para todos”, reclama.
Segundo ele, após o compartilhamento do abaixo-assinado, um grupo de alunos à favor do ensino presencial mobilizou-se a fim de realizar outra petição, o que tem gerado conflitos. “Existem alunos que querem aulas presenciais, e é legítima essa vontade, mas existem outros que estão envolvendo questões políticas. Alguns alunos acreditam que pode haver agressões, caso esses estudantes sejam colocados no mesmo espaço”, diz.
Para o estudante de publicidade Darman Caruso, a universidade não garante uma retomada segura. “A falta de posicionamento da faculdade em meio a esse momento de matrícula causou grande comoção entre os alunos. O que me preocupa também são alguns alunos que querem voltar presencialmente, mas não tomaram a vacina”, explica.

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível
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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano
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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta
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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante
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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa
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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente
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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde
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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas
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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados
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Resolução do MEC
Em dezembro de 2020, o Ministério da Educação (MEC) homologou a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que permite a escolas públicas e particulares do Brasil oferecerem o ensino remoto enquanto durar a pandemia.
O texto da resolução diz agora que “as atividades pedagógicas não presenciais (…) poderão ser utilizadas em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas” quando houver “suspensão das atividades letivas presenciais por determinação das autoridades locais” e “condições sanitárias locais que tragam riscos à segurança”.
A resolução também mencionava o ensino superior, mas o ministério editou uma portaria que determina o retorno das aulas presenciais a partir de março de 2021.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sindepes-DF), em deliberação com a categoria, decidiu que cada instituição de ensino superior tem autonomia para escolher pelo retorno ou não de suas atividades, observando as necessidades específicas e o cenário de cada uma.
O que diz o UniCEUB
O Metrópoles entrou em contato com a assessoria da faculdade, mas aguarda retorno. O espaço segue aberto para possíveis esclarecimentos.
O post Covid: alunos de faculdade do DF pedem aula remota em abaixo-assinado apareceu primeiro em Metrópoles.