Não é novidade para ninguém o momento econômico difícil que estamos vivendo. Enquanto os bilionários ficam cada vez mais bilionários (de acordo com a OXfam, durante a crise econômica, o capital se acumulou ainda mais nas mãos dos mais abastados e o dinheiro foi sumindo dos bolsos do restante da população), nós tivemos que começar a contar as pratinhas para fechar o mês sem dever dinheiro.
Muitos devem questionar: mas se está difícil fechar as contas, por que pensar em restaurante? Respondo: uma vida na qual se existe apenas para pagar boletos, não é uma vida.
Eu sou uma pessoa que tira grande parte do meu prazer de experiências gastronômicas, então poder frequentar estabelecimentos que prestem esse serviço é quase que primordial para que eu mantenha a minha sanidade. Confesso que em certo momento me senti mal por ensinar como gastar menos com meus colegas cozinheiros, mas acho que é melhor ter clientes gastando um pouco menos do que não tê-los. Logo, vamos aos bizus:
Não tenha vergonha
Não fique com receio dos olhares ou julgamentos que possam existir ao tentar economizar. Ninguém do restaurante paga suas contas. A gente se vira como pode.
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Vinho? Drinque?
O ideal é pular esse item, que normalmente agrega bastante custo à sua conta. Dito isso, é possível ponderar o que tomar. Primeiro, tenha em mente que uma garrafa de vinho corresponde a quatro taças. Veja o que vale mais a pena para você tomar. O mark up (basicamente o lucro em cima de cada garrafa) dos vinhos costuma ser alto, mais que o dobro do que a garrafa custa, portanto, às vezes, vale mais a pena consultar a taxa de rolha (valor cobrado pelo restaurante para consumir o seu próprio vinho) e levar uma garrafa de casa. Existem casas que não cobram.
Reforço que essa prática não é abusiva. Você basicamente está pagando pelo uso das taças do estabelecimento. Vale lembrar que são itens caros e frágeis.
Outra dica em termos de custo-benefício: via de regra, o vinho mais barato do cardápio é na verdade mais caro (preço de custo) do que o segundo mais barato. Essa estratégia ocorre porque normalmente o cliente se sente envergonhado em escolher o que custa menos e acaba indo para o seguinte. Estabelecimentos ganham mais em cima dessa estratégia.
Peça água da casa
Agua mineral não parece, mas agrega demais à sua conta. Garrafinhas de 310ml não costumam sair por menos de R$ 5, algo bem abusivo ao considerar o custo. Mas a maioria dos estados possuem lei que obrigam todos os estabelecimentos a oferecerem gratuitamente água filtrada aos clientes, a conhecida água da casa. Outros estados, mesmo que sem a lei, também já aderiram à prática.
Pergunte sempre
Não tenha pena de questionar qual o prato mais bem servido. Invista nos pratos simples e mais baratos da casa. Normalmente são eles que mostram o real talento da cozinha. Mascarar o simples mal feito é bem difícil, mas mascarar falhas no complexo é mais fácil. Divida uma entradinha e parta para um principal bem servido.
Evite a sobremesa
Parece bobagem, mas sobremesas tem saído a um preço bastante alto nos cardápios. Tem ficado cada vez mais difícil encontrar doces com valor inferior a R$ 20. E em restaurantes mais sofisticados, passam facilmente dos 30, mesmo sendo coisas simples como carolinas recheadas ou brownies.
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