Autora de Modus Operandi sobre gênero true crime: “O brasileiro gosta”

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Nos últimos anos, um gênero já conhecido e amado nos Estados Unidos começou a ganhar força no Brasil. O true crime, onde o autor examina um crime real e detalha as ações de pessoas reais, se popularizou no país com produções feitas por grandes streamings, podcasts e até livros. Mais recentemente, a publicitária Mabê Bonafé e a cineasta Carol Moreira conquistaram o público com o lançamento do livro Modus Operandi: Guia de True Crime.

Na obra, lançada pela editora Intrínseca, as donas do podcast de true crime homônimo mais ouvido do país abordam as principais bases do gênero de maneira simples, objetiva e bem-humorada. Entre capítulos sobre sistema de justiça, polícia, investigação, casos arquivados, serial killers e outros, a dupla descreve dezenas de crimes que impactaram o Brasil e o mundo, conta a história de assassinos em série e traz diversas curiosidades e fontes.

Em conversa com o Metrópoles, Carol Moreira falou sobre a popularização do gênero no Brasil e lembrou que o Modus Operandi foi feito para que ela e Mabê pudessem contar histórias reais “do jeito brasileiro”:

“Eu acho que não tem muito mistério sobre adaptar [histórias reais em formato de livro e podcast], o brasileiro também gosta de crimes reais. As séries de true crime sempre fizeram sucesso aqui no Brasil. Não foi um processo de adaptação, acho que foi mais contar a história do nosso jeito, do jeito brasileiro, de ouvir histórias.”

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Popularização do true crime

A popularização do gênero, inclusive, reacendeu debates sobre como as pessoas tratam histórias de crimes reais. “O público que gosta desse assunto ficou muito mais exigente, quer análises de comportamentos das pessoas envolvidas com o crime, tanto quem comete como quem investiga. Eles refletem sobre o caso sem o maniqueísmo de policial bom e criminoso mau”, disse a escritora Ilana Casoy, autora de livros sobre a morte de Isabella Nardoni e o caso Suzane Richthofen, à CNN.

Sobre o tema, Carol comentou: “A gente acredita que quem vai cometer um crime, vai cometer. Não é porque você vai ouvir um true crime, ou ouvir o nosso podcast, e por causa disso você vai falar: ‘Vou cometer tal crime, vou fazer desse jeito, com essa ideia’”.

“A pessoa que vai cometer o crime vai cometer de qualquer forma, infelizmente. Não é um podcast de crimes reais que vai fazer alguém se tornar um criminoso. É aquela velha discussão: videogames tornam as crianças mais violentas? A criança vê o videogame de violência e por isso ela vai cometer uma violência? Não, depende da criança, não é uma coisa que vai causar isso”, completou.

 

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Próximos projetos

Apesar do sucesso de Modus Operandi — tanto o livro quanto o podcast —, Carol Moreira deixou claro que ela e Mabê Bonafé não pretendem interromper os projetos. “A Mabê sempre quis ser escritora. A partir de agora ela está escrevendo, que eu saiba, mais um livro. É um grande foco da carreira dela, sim”, iniciou.

Sobre os planos para a dupla que compõem o Modus Operandi, a cineasta apontou que pretende voltar o foco para o podcast. “Para nós como Modus, a gente quis voltar para o podcast. A gente passou muito tempo focadas no livro, sem tempo de cuidar do podcast da forma que a gente gosta. Não que a gente não estivesse cuidando, mas com aquele carinho, com calma, estudar cada caso com aquela calma de sempre a gente não estava conseguindo”, pontuou.

“No meu caso, eu tenho vários projetos na internet, eu trabalho como apresentadora, roteirista, youtuber, influencer, e o próximo são as lives de House of the Dragon [A Casa do Dragão, série da HBO Max que estreia em 21 de agosto], que vão começar em 22 de agosto”, finalizou.

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