“O plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém”.
Foi o que postou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ontem, após a trágica e criminosa performance do fanfarrão Nikolas Ferreira (PL-MG), em discurso no plenário. Fez comentários transfóbicos.
Não foi a primeira vez que Lira repreende parlamentares que extrapolam. No início da legislatura, ele ameaçou levar ao Conselho de Ética os bolsonaristas que fizeram apologia ao 8 de janeiro e condenou os que abusaram de xingamentos nos discursos.
O parlamentar mineiro não é unanimidade em parte de sua bancada, que reprovou seu comportamento, mas também não estão nem aí para puni-lo.
O deputado, que foi o mais votado no país, já foi representado no conselho, que, oficialmente, ainda não recebeu a primeira representação do ano. Há algumas ações dessas paradas ainda na Mesa da Câmara.
Se Lira quer fazer valer o que disse, deveria transformar o caso de Ferreira na representação número 001 do Conselho de Ética. Ser cassado seria a punição merecida. Difícil. Esse blog mostrou ontem que o bloco que elegeu Lira, incluído o PL do fanfarrão da peruca, deverá ter 20 das 21 cadeiras do colegiado.
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