Crítica: Tetris, o filme, é tão divertido e viciante quanto o jogo

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Tetris é, certamente, um dos mais populares jogos da história: encaixar o blocos foi sucesso nos computadores, nos consoles e, mais recentemente, nos smartphones. O sucesso vem justamente da simplicidade, basta colocar as peças nos locais certos e pronto. Mas a popularização do game esconde uma história digna de um filme de espionagem internacional. Assim, é o novo filme da Apple TV+, que estreia nesta sexta-feira (31/3).

Tetris, o filme, conta a história de como o jogo, criado na União Soviética, rompeu a cortina de ferro e ganhou o mundo na década de 1980. Tudo por conta da influência de um personagem central: Henk Rogers (Taron Egerton).

Tetris reúne ação, espionagem e geopolítica
Tetris reúne ação, espionagem e geopolítica

O charme do longa, dirigido Jon S. Baird, não está em narrar o processo de criação do jogo – que foi desenvolvido por um programador russo. Tetris ganha força na história de corrupção, espionagem comercial, corrupção e ação envolvendo a turma “nerd” dos videogames.

Para essa história real fazer sentido, Tetris tinha como obrigação organizar o quadro geopolítico. Final da década de 1980, Mikhail Gorbatchov no poder da União Soviética, abertura comercial e política… tudo isso mostrado em um filme divertido e envolvente – e que se esforça em recriar o sentimento anticomunista dos EUA da época.

O mérito do roteiro, assinado por Noah Pink, é contextualizar o mundo do final da década de 1980 sem precisar de um “momento explicação”. O que isso quer dizer? Não precisa um personagem aparecer e “palestrar” sobre comunismo, URSS etc. Tudo aparece dentro da trama que envolve a luta para se licenciar o jogo.

Tetris é uma agradável surpresa, que muda o foco da criação do jogo para o que, nessa história toda, é divertido. Ou seja, encaixou a peça no lugar certo.

Avaliação: Ótimo

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