“Pensador ímpar”, diz FAC sobre morte de Luiz Gonzaga Figueiredo

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Na noite desta sexta-feira (9/6), a direção da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC-UnB) divulgou uma nota lamentando o falecimento de Luiz Gonzaga Figueiredo Motta. O professor, que atuou na FAC, sofreu um mal súbito, segundo pessoas próximas. Ele deixa três filhos, esposa e netos.

A nota da FAC expressa solidariedade aos familiares do professor e relembra a trajetória dele como um dos professores da geração que reconstruiu o curso de Comunicação da FAC-UnB, depois do curso quase ter sido encerrado nos anos 1960.

O texto é assinado pela diretora da FAC, Dione Oliveira Moura. “Uma plêiade de homenagens justas para um jornalista, professor e pensador ímpar na construção da práxis jornalística no Brasil e América Latina: Luiz Gonzaga Figueiredo Motta”, diz.

Veja o texto na íntegra:

“Diante do falecimento do professor e jornalista Luiz Gonzaga Figueiredo Neto, ocorrida hoje, 09 de junho, em Brasília, a vem a público externar solidariedade aos familiares (esposa Rosana, filhos Max, Pedro, Joana e netos), aos amigos e às e aos estudantes formadas e formados pelo professor Motta. Como nos relembra o professor Murilo Ramos, ex-diretor da FAC-UnB e contemporâneo de Motta na UnB, Motta foi um dos professores da geração que reconstruiu o curso de Comunicação da FAC-UnB, depois do curso quase ter sido encerrado nos anos 1960. Também a partir das palavras do professor Fernando Paulino, atual presidente da ALAIC (Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação) e ex-diretor da FAC, relembramos o papel primordial do professor Motta na idealização e criação da ALAIC nos anos 1980.

Motta também foi Secretário de Comunicação da UnB, Secretário de Comunicação do Governo do Distrito Federal e referência nacional e internacional nos estudos sobre narrativas jornalísticas, tendo formulado e implementado metodologias inovadoras a respeito. Na FAC-UnB, Motta foi docente, pesquisador, Coordenador do Programa de Pós-Graduação e Vice-Diretor da Faculdade, dentre outras funções e papéis relevantes. O próprio PPG emitiu uma Nota específica e registrou tal contribuição no campo da Pós-Graduação. Ainda na UnB, Motta foi o idealizador e criador da Revista Darcy, uma revista que sedimentou no jornalismo científico. Também na UnB atuou no NEMP (Núcleo de Estudos em Mídia e Política), espaço no qual formou gerações de pesquisadoras e pesquisadores hoje presentes em diversas entidades, a exemplo da Compolítica (Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política). Na SBPJor (Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo), Motta foi fundador, Vice-Presidente e coautor do Projeto Editorial da Revista Brazilian Journalism Research (BJR),hoje referência dentre os periódicos do campo.

Também se destacou, o professor Motta na defesa do Diploma de Jornalismo para o exercício profissional e, por fim, está na memória de muitos como um intelectual que sempre e permanentemente viu, e defendeu, o lugar do jornalismo como construção da realidade, imbuindo nessa premissa todo o papel social do jornalismo na construção ética da história do presente.

Assim, a Direção da FAC-UnB, ao passo que transcorremos o dia de hoje em diálogo com os impactados por essa despedida, ecoa e agradece, em nome da comunidade acadêmica da FAC, as demais homenagens como as feitas pela comunidade acadêmica e Coordenação do PPJor-UFSC, assim como pela ALAIC e por colegas e amigos da ABEJ (Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo) e da SBPJor. Uma plêiade de homenagens justas para um jornalista, professor e pensador ímpar na construção da práxis jornalística no Brasil e América Latina: Luiz Gonzaga Figueiredo Motta.”

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