Nos últimos anos, a comercialização de dados biométricos, incluindo a íris humana, tem levantado preocupações sobre privacidade, segurança e ética. Empresas de tecnologia e organizações governamentais investem cada vez mais em sistemas de reconhecimento ocular para identificação e autenticação, mas um fenômeno alarmante vem ganhando força: a venda da íris. Que em media e pago um valor de R$ 600,00 em criptomoedas
Plataformas online e mercados clandestinos passaram a oferecer pagamentos em troca do escaneamento da íris de indivíduos, prometendo benefícios financeiros a quem aceita ceder sua biometria. Em alguns casos, empresas alegam que o objetivo é aprimorar bancos de dados para inteligência artificial e segurança digital. No entanto, especialistas alertam para os riscos desse tipo de transação.
Os Riscos da Venda da Íris
A íris é uma das formas mais seguras de identificação biométrica, pois é única para cada indivíduo e praticamente impossível de ser alterada. Ao vender esse dado, a pessoa perde o controle sobre sua utilização, abrindo brechas para fraudes de identidade, vigilância não autorizada e até mesmo golpes financeiros.
Diferente de uma senha ou um documento que pode ser trocado, a íris é permanente. Caso caia em mãos erradas, pode ser utilizada indevidamente para acesso a sistemas bancários, aeroportos e até registros governamentais.
Legislação e Proteção
Atualmente, leis de proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil e o GDPR na Europa, estabelecem diretrizes sobre o uso de biometria, mas nem sempre impedem que empresas utilizem esses dados para fins questionáveis. A conscientização sobre o tema é essencial para evitar que indivíduos cedam informações sensíveis sem plena noção das consequências.
Conclusão
Vender a íris pode parecer uma oportunidade financeira tentadora, mas as implicações a longo prazo podem ser irreversíveis. Antes de compartilhar qualquer dado biométrico, é fundamental entender como ele será utilizado e quais são as garantias de proteção. A segurança digital é um direito de todos, e manter o controle sobre informações pessoais é a melhor maneira de evitar riscos futuros.
