A polícia caça o suspe
ito de matar o tenente aposentado do Corpo de Bombeiros e também taxista Salvador da Silva Filho, de 56 anos, na noite de terça-feira (11). O suspeito é Lucimário Pereira de Sousa, de 33 anos, ex-genro da vítima. Imagens do circuito interno do estabelecimento ajudaram na identificação do autor do crime que foi reconhecido por testemunhas.
O crime ocorreu no estacionamento de um supermercado, na entrequadra 406/407 Sul, por volta das 19h, um horário em que há bastante movimento no local. De acordo com as imagens recuperadas e divulgadas pela Polícia Civil, o suspeito que estava de jaqueta preta, circulou pelo interior do estabelecimento, usou o banheiro e seguiu agindo friamente.
Segundo informações do delegado-chefe adjunto da 1º DP, Ângelo Roncalli, que investiga o caso, o suspeito premeditou o crime e marcou um encontro com o taxista. “Flagramos chamadas recebidas do autor no celular do taxista momentos antes do crime”, revela o delegado.
Quando soube que Salvador já estava no local, foi ao seu encontro. Segundo uma testemunha ouvida pela polícia, no momento do encontro, houve uma discussão entre os dois e, logo em seguida, Lucimário sacou uma pistola .380 e efetuou oito disparos, sendo três na cabeça e outros cinco no restante do corpo do taxista.
“Podemos dizer que os tiros foram feitos à queima-roupa, pois ele acertou todos e a vítima já caiu morta próximo ao seu táxi”, afirma Ângelo. O taxista, que não costumava atender naquele local, pode ter sido morto pois sabia como era o comportamento de seu genro com uma de suas filhas e não aceitava a reaproximação do casal, que havia se separado após sete anos de relacionamento.
Também ouvida pela 1º DP, a filha de Salvador, a técnica em enfermagem F., de 29 anos, contou que já tinha sofrido um sequestro de seu próprio companheiro. Ele seguiu com a companheira no sentido Asa Sul – Goiânia. Depois, forçou a garota a usar droga e fez agressões contra ela. Diante os acontecimentos, a técnica se separou do companheiro por meio de decisão judicial, no último mês de julho.
O inquérito pode se estender por 30 dias, para que se possam unir todas as provas sobre o crime. Se condenado, o suspeito pode responder por homicídio qualificado, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Saiba mais:
De acordo com a polícia, a ficha criminal do suspeito é extensa. Ele possui passagens por três locais:
– Pela 32º DP, por envolvimento em acidente de trânsito deixando com uma vítima gravemente ferida no mês de julho;
– Pela Delegacia de Proteção a Criança e Adolescentes (DPCA), por agressão a uma criança da família em abril;
– Pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), por agressão à sua esposa no último dia 05 de setembro.
A arma usada para o crime não foi encontrada. As testemunhas ouvidas seguem protegidas pela polícia e seus identidades não foram divulgadas.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
