House of Cards, incontestavelmente, é a série que catapultou a Netflix ao status de grande produtora de conteúdos – capaz de rivalizar com gigantes como a HBO. Nesta sexta-feira (2/11), a produção cumpre papel relevante: encerra a trajetória de Claire (Robin Wright) e Frank (Kevin Spacey) Underwood.
Logo na primeira cena desta sexta e última temporada, Claire, empossada presidente dos Estados Unidos, é informada sobre ameaças de morte. Além de tocar em uma realidade atual no mundo, o discurso de ódio, a imagem inaugural logo resolve um enigma da cabeça dos fãs. Frank está morto.
House of Cards apresenta última temporada para evitar fim melancólico

House of Cards apresenta última temporada para evitar fim melancólico
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Claire Underwood luta para se legitimar na Presidência dos EUA Netflix/Divulgação

Ela usa suas habilidades políticas Netflix/Divulgação

E experimenta a solidão do poder Netflix/Divulgação

Robin Wright lutou para haver uma temporada final da série Netflix/Divulgação

Claire sofre ameaças de morte ao ocupar o cargo Netflix/Divulgação

Claire em uma reunião de governo Netflix/Divulgação

Doug Stampler segue tentando influenciar a presidente dos EUA Netflix/Divulgação
O olhar frio de Claire na cena diz muito sobre Robin Wright. Foi a atriz, e por vezes diretora, quem lutou para que House of Cards tivesse um fim. A produção correu sério risco de simplesmente ser descontinuada após as denúncias de assédio sexual contra Kevin Spacey.
O ator está sendo investigado por pelo menos três queixas de abusos contra homens, supostamente ocorridos em Londres entre os anos de 2005 e 2008.
Em meio à polêmica e à demissão de Spacey, Wright lutou para conseguir a última temporada. Além de encerrar a trama e não permitir um fim melancólico, a atriz queria contar aquela história. “Estivemos numa trajetória, desde o primeiro dia, em que Claire se tornaria a primeira mulher presidente. Sabíamos que este seria o capítulo final. Como chegar lá era a questão”, contou em entrevista à Variety.
Um fantasma ao redor
O personagem Frank Underwood, no entanto, orbita como um fantasma em torno de toda a série. Vivendo o dilema de ser uma mulher na Presidência dos EUA, Claire é sempre confrontada com a sombra do marido.
Seus antigos assessores, por exemplo, tentam ganhar espaço utilizando o discurso de “Frank queria isso”. Assim, Claire, com talentos políticos (e manipulatórios) iguais ou melhores do que os do marido, busca seu espaço e se afastar dessa “alma penada” ainda cheia de poder.
A última temporada de House of Cards dá um final à produção – que, mesmo antes de qualquer polêmica, apresentava sérios sinais de fadiga. Importante, pois, se hoje temos uma profusão de produções em streaming, a pioneira precisa ser homenageada.