Série Narcos foi “Cavalo de Troia”, afirma CEO da Netflix

    0
    176

    Produzida por José Padilha e estrelada por Wagner Moura, no papel do criminoso Pablo Escobar, a série Narcos, sobre o tráfico de drogas na Colômbia, que estreou em 2015, foi um marco para o serviço de streaming Netflix. A primeira grande atração do serviço com a maior parte dos diálogos em espanhol agora retorna, mas como uma nova produção, focada no cartel de drogas mexicano.

    Narcos: México estreou na sexta-feira (16/11), na Netflix. Bastante conhecidos em Hollywood, os atores mexicanos Diego Luna e Michael Peña vivem, respectivamente, o traficante Miguel Ángel Félix Gallardo e o detetive Enrique “Kiki” Camarena. Baseada em eventos reais, a série vai mostrar, em sua primeira temporada, a ascensão do Cartel de Guadalajara nos anos 1980.

    Com o foco no México, a Netflix reafirma a sua investida em descentralizar não só as produções como os enredos das histórias de suas séries. Em recente evento da empresa na Colômbia, o vice-presidente de conteúdo original internacional da empresa, Erik Barmack, disse ao Estado que a companhia mudou a sua visão de mundo. “Sete anos atrás, quando começamos na América Latina, pensávamos em como criar programas que fossem relevantes localmente, mas o mundo mudou e uma boa série pode vir de qualquer lugar, como Dark (Alemanha) e La Casa de Papel (Espanha).”

    A própria Narcos, a original, ambientada na Colômbia, com cerca de 80% dos diálogos em espanhol, conseguiu bons feitos até mesmo nos EUA, resistente a legendas e dublagens. “Narcos foi um Cavalo de Troia”, brincou o CEO da companhia, Reed Hastings, na ocasião, ao dizer que a série, com alguns poucos diálogos em inglês, estimulou o público americano a ver uma produção de outro país.

    No mesmo evento em outubro, a Netflix revelou que tem pensado os novos conteúdos com foco em grupos de usuários com gostos parecidos, e não mais num recorte geográfico.

    Artigo anteriorA Fazenda 2018: Luane desabafa sobre reality e relação com Léo Stronda
    Próximo artigoNicolas Behr, o poeta marginal que fez Brasília gozar de amor