Sem ser especialista ou ter uma receita de bolo do que é o certo num mundo cada vez mais dinâmico, como usuário é possivel saber o que está errado ou que pode ser melhorado e atualizado para os novos tempos que pedem passagem.
O embate UBER x TAXI pode ser uma boa oportunidade para provocar um upgrade nas regulações, que valorize o trabalhador da atividade-fim, o motorista, o que trará ganhos também para o usuário. Dando menos peso aos entes intermediários e mais protagonismo ao passageiro/motorista, quem anda pagaria menos, quem dirige receberia mais. Isso não quer dizer deixar de lado aspectos como segurança, responsabilidades e manutenção dos veiculos.
No caso dos TÁXIS, nas grandes cidades em geral quem rala não é o dono da licença, que cobra caro para terceirizar os turnos de 12h, virando um negócio paralelo sobre algo emitido gratuitamente pelas Prefeituras. Algumas licenças chegam a custar mais de R$ 150 mil em SP, enfim, daquelas coisas ilegais no papel, mas “legais” na prática.
Já a UBER inovou, tem seus méritos, mas ao contrario do que aparenta, é uma empresa muito mais provedora de serviços do que de software, que centraliza o negócio, define os preços e % dos motoristas. Justamente por isso o futuro colaborativo é também seu concorrente, querendo muito mais do que ela oferece e tenta controlar.
Portanto, já passou da hora de acabar com a categoria dos ”donos de licenças de táxis que não dirigem”. Assim como está mais do que na hora de diversificar as opções de locomoção que estão batendo na porta, desde a carona compartilhada (sem maquiagem, nem precisar necessariamente estar refém de uma determinada empresa) até o car sharing e outras iniciativas colaborativas que estao vindo para ficar, com aplicativos a serviço do motorista/passageiro e não o contrário.
Por Caetano Scannavino