Em meio à polêmica da alta de preços nos postos, o sindicato do setor, o Sindicombustíveis, alerta que o Distrito Federal corre o risco de ficar sem gasolina. De acordo com a entidade, as distribuidoras estão em adequação e os estabelecimentos de bandeira branca não irão receber combustível nesta sexta-feira (20/09/2019), até segunda ordem.
De acordo com Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis, talvez a falta não seja verificada nesta sexta. “Os postos estão com o estoque de ontem (quinta). Mas temos revendedores que reclamaram que não irão receber o produto. Estes fatos são apenas um alerta do que pode acontecer. Ainda não há previsão de normalização. A BR distribuidora, por exemplo, mandou trazer 500 mil litros de gasolina do estoque de Goiânia (GO) e estará chegando ainda hoje em Brasília para atender aos postos de sua rede”, assinalou.
A princípio, as distribuidoras deram informações conflitantes para o problema. “Há versões de vazamento de duto por uma grande distribuidora e de que, em outra grande distribuidora, esta falta de produto se deve à demanda, que passou a ser maior que a oferta devido ao aumento da R$ 0,06 na gasolina, feito ontem (quinta) e repassado aos revendedores, somado aos fatos ocorridos na Arábia”, destacou o sindicato, em nota.
Por volta das 10h, segundo Paulo Tavares, foi confirmado o problema no bombeamento do duto que abastece Brasília e Goiânia. “Cada distribuidora tem seu plano individual para responder à falha. A previsão de retorno à normalidade até segunda-feira (23/09/2019). Durante este período, estaremos em adequação de produtos na venda”, acrescentou.
Nessa quinta-feira (19/09/2019), a Agência Nacional de Petróleo (ANP) fiscalizou os postos do Distrito Federal. A ação foi motivada por denúncias de preços abusivos praticados pelos estabelecimentos. Na quarta (18/09/2019), foi a vez do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) ir a campo para notificar e recolher notas fiscais dos postos que estão cobrando mais que R$ 4,22 pelo litro da gasolina, média registrada pela ANP na última semana.
Após a fiscalização do Procon, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) divulgou uma nota técnica mostrando que a alta “parece representar apenas a recomposição de parte da margem de lucro bruto em torno de 10%” dos estabelecimentos”. De acordo com a entidade, a margem “ainda está muito longe dos 15,87% de lucro bruto considerado razoável pelo próprio Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao limitar uma grande rede de postos em Brasília em janeiro de 2016″.
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