Campanha incentiva a doação de órgãos e transplantes

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Campanha incentiva a doação de órgãos
Presidente do Conselho de Administração da FUA, César Ferraz (2º da esquerda para a direita), e o conselheiro Ricardo Martins receberam Mario Moreno e Paulo Hungaro Neto, da Unimed. Crédito da foto: Fábio Rogério (24/9/2019)

 

Na próxima sexta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, Sorocaba comemora a realização de 1.202 procedimentos classificados como de alta complexidade — muitos deles, para pacientes cobertos com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) –, no Hospital Dr. Miguel Soeiro, da Unimed.

A instituição é um dos mais ativos centros transplantadores credenciados pelo Ministério da Saúde. Para marcar a data, a unidade realiza até sexta-feira a Semana da Doação de Órgãos e Transplantes, com palestras voltadas aos médicos e colaboradores da instituição.

Nesse período, as redes sociais da Unimed Sorocaba apresentarão uma campanha cujo mote será a palavra “sim”, destacando que, na maioria dos momentos mais importantes da vida, como um pedido de casamento, por exemplo, esse termo é decisivo.

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A campanha alerta para o fato de que muitas pessoas têm o desejo de serem doadoras, mas seus familiares não chegam sequer a saber dessa intenção. Por isso, é muito importante manifestar essa disposição à família.

De acordo com o presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad, ainda hoje, o Hospital Dr. Miguel Soeiro continua sendo o único hospital privado do interior paulista habilitado para realizar transplantes de fígado e o quinto centro com maior produção nesta modalidade, dentre as 34 equipes habilitadas no Estado.

“Além do aspecto técnico, por ser uma cirurgia de alta complexidade, que exige um elevadíssimo grau de capacitação técnica das equipes envolvidas e da estrutura hospitalar, contribuímos para a saúde pública, uma vez que o procedimento pode ser realizado em nossa instituição para pacientes cobertos pelo Sistema Único de Saúde”, relata Morad.

A história da Unimed Sorocaba com os transplantes se inicia na década de 1990, quando foram feitos os primeiros transplantes de córneas no Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), pertencente à cooperativa médica.

Em 2002 foi firmado o primeiro convênio para a realização de transplantes de fígado por meio do SUS, sendo que no dia 14 de março do ano seguinte, aconteceu o primeiro desses procedimentos. Já o primeiro transplante de coração ocorreu em 9 de agosto de 2004.

Gradativamente, no HMS, começaram a ser realizados outros tipos de transplantes, como conjugado fígado-rim, medula óssea autólogo, medula óssea alogênico, músculo esquelético e rim (tanto intervivos quanto de doares falecidos).

Até o momento, a Unimed Sorocaba já contabilizou 1.202 transplantes (veja composição no quadro), somando os renais, ósseos, de córnea, de fígado, de fígado-rim (duplo), de medula óssea (autólogo e alogênico) e de coração.

Muitos destes procedimentos foram feitos com recursos do SUS, beneficiando, inclusive, pessoas que não eram clientes da Unimed Sorocaba ou moravam em outros Estados da Federação.

Segundo o vice-presidente da Unimed Sorocaba, Paulo Hungaro Neto, atualmente, a Cooperativa é, dentro do Sistema Unimed (formado por cerca de 360 singulares), a única habilitada para realizar todas essas modalidades de transplantes.

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“Mais do que a expressividade quantitativa, temos alcançado índices altamente significativos de sobrevida, graças aos investimentos tecnológicos e principalmente à capacitação técnica dos colegas médicos e colaboradores que atuam especificamente nessa área”, pontua. “No caso dos transplantes hepáticos realizados no HMS, a média de sobrevida anual é de 89,08%, enquanto o índice estadual chega a 78,54%”, revela.

Paulo Hungaro Neto e Mario Moreno, da Unimed, visitaram ontem o jornal Cruzeiro do Sul e presentearam a direção com uma camiseta da campanha, que estampa a cor verde, em referência ao Setembro Verde, destacando a importância da doação de órgãos.

Eles foram recebidos pelo presidente do Conselho de Administração da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), César Augusto Ferraz dos Santos, Ricardo Benitez Martins e Marco Aurélio Laham Dottore, membros do Conselho de Administração, e Luiz Antonio Zamuner, do Conselho Editorial.

O que é a doação de órgãos

A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual o intressado manifesta a vontade de doar uma ou mais partes do corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).

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Alguns órgãos podem ser doados em vida como o rim, parte do fígado e da medula óssea. A doação de órgãos de pessoas falecidas acontece somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Geralmente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas, etc.) ou que sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica, ou seja, a perda completa e irreversível das funções cerebrais, definida pela cessação das funções corticais e de tronco cerebral; portanto, é a morte de uma pessoa.

Muitos têm dúvida se quando alguém entra em coma, pode doar órgãos. A resposta é não. O coma é um processo reversível. Morte encefálica, como o próprio nome afirma, é irreversível. Uma pessoa somente torna-se potencial doadora após o diagnóstico de morte encefálica e a autorização da doação dos órgãos pela família, como previsto em lei. Se os familiares não autorizarem, mesmo que a pessoa tenha manifestado interesse, a doação não poderá ser realizada. O transplante pode salvar vidas (no caso de órgãos vitais como o coração) ou devolver a qualidade de vida (quando o órgão transplantado não é vital, como os rins). (Da Redação)

Transplantes feitos pela Unimed

Córnea: 725
Fígado: 168
Fígado-rim: 2
Medula óssea autólogo: 222
Medula óssea alogênico: 14
Coração: 21
Ósseo (tecnicamente denominado tecido ósteo-condro-fáscio-ligamentoso): 44
Rim (intervivos): 4
Rim (doador falecido): 2

Lista de espera para transplantes

Rim: 29.837
Fígado: 1.830
Rim-pâncreas: 561
Coração: 364
Pulmão: 212
Pâncreas: 67
Intestino: 3
Multivisceral: 3
Córnea: 11.812
(dados de 3 agosto de 2019)

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