Conselho de Medicina Veterinária faz campanha no Dia das Crianças

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Conselho faz campanha no Dia das Crianças
Estimular a posse responsável é um dos objetivos da campanha. Crédito da foto: pixabay.com

Em algumas datas comemorativas, como o Dia das Crianças, é comum famílias presentearem os pequenos com pets. O problema é que, na em muitos casos, é um ato impulsivo, que resulta em abandono nas ruas ou devolução ao abrigo ou canil de origem.

“A adoção de um animal é um ato admirável de amor. O único problema é a falta de planejamento familiar antes de adotar ou até mesmo comprar um animalzinho, que é um ser vivo e depende das pessoas para sobreviver”, afirma o médico-veterinário Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP).

Marzano destaca que devem ser levados em conta, entre outras coisas, a rotina e o estilo de vida da família, quem cuidará da limpeza e da alimentação do animal e até mesmo a quantidade de pets que já existem na casa.

De acordo com a médica-veterinária Cristiane Schilbach Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-estar Animal do CRMV-SP, existem diversos aspectos a serem considerados antes da introdução de um pet na família, entretanto o mais importante é serem atendidas as necessidades do animal.

“A pessoa tem um espaço adequado para o animal fazer exercícios, conhece as necessidades de alimentação e de passeios diários, no caso de cachorro? A família deve estar ciente também com relação à boa prática de manejo e de higiene. É preciso lembrar de que os cuidados continuam depois que passa o momento de euforia da chegada do animal na casa”, enfatiza.

A médica-veterinária alerta para o fato de que a guarda responsável e o bem-estar dos animais são fundamentais, portanto é preciso que as campanhas de conscientização sejam intensificadas. “Animais não são objetos e não podem ser tratados como tal.

Por isso, não se deve presentear alguém com um animal como se isso não fosse trazer consequências, como despesas e a necessidade de se dispor de tempo. Se a família não estiver preparada, certamente, terá problemas.”

Seres sencientes

Um projeto de lei, recentemente aprovado no Senado, reconheceu os animais como seres sencientes, ou seja, capazes de sentir e vivenciar sentimentos como alegria, dor, angústia, raiva e solidão. Diante desse fato, a conscientização sobre guarda responsável é ainda mais relevante.

“A devolução ou simplesmente o abandono causa um desequilíbrio no animal. Ele sente a perda da família e, em alguns casos, acaba ficando sem vontade de se alimentar ou brincar, podendo até ficar doente”, ressalta Marzano.

Cães e gatos exigem cuidados completamente diferentes e que vão exigir níveis diferentes de atenção. “É possível ter uma família multiespécie, desde que haja manejo específico para o gato e o cachorro, porque vai encadear respostas comportamentais”, afirma Cristiane, destacando que, hoje, existem muitos animais com problemas de comportamento em decorrência da postura da família. (Da Redação)

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