Aeronave foi abatida minutos depois de levantar voo; manifestações já estão no quarto dia seguido de protesto; imprensa relata muito sangue nas ruas
Nesta terça-feira (14), o governo Iraniano informou que prendeu suspeitos ligados a queda do avião ucraniano que aconteceu na última quarta-feira (8) e que matou ao menos 176 pessoas. Depois deste episódio, se ascendeu no País inúmeros protestos contra a ação militar, que já dura quatro dias seguidos.
O avião da empresa Uckraine International Airlines, foi abatido minutos depois de levantar voo. Segundo tropas iranianas, isso só aconteceu por que a aeronave voava em baixa altitude, dando a entender, se tratar de mais um ataque. Muitos iranianos foram as ruas para protestar contra a ação da Guarda Revolucionária, que atirou o míssil contra a aeronave.
O presidente iraniano, Hassan Rouhain, classificou a ação dos militares como um “erro imperdoável”. Em contrapartida, a Guarda Revolucionária Iraniana explica que o operador do sistema de defesa, confundiu a aeronave com um míssil de cruzeiro.
O governo iraniano ainda diz que o disparo do foguete foi um “erro humano”. Governos do Canadá, Ucrânia, Suécia, Afeganistão, Reino Unido, e Alemanha, se manifestaram horas depois da queda do avião, alegando que a derrubada da aeronave se tratou de uma ação militar.
Dos 176 passageiros, 82 eram do Irã, 63 do Canadá, 11 da Ucrânia, 10 da Suécia, 4 do Afeganistão, 3 do Reino Unido, e 3 da Alemanha.
Ao passo que a notícia da queda da aeronave foi publicada pela imprensa nacional e internacional, o governo iraniano logo se pronunciou dizendo que possa ter havido pane elétrica, mas não admitindo ter abatido a aeronave por engano.
A derrubada do avião aconteceu horas depois de o próprio governo iraniano atacar bases norte-americanas que ficavam no Iraque. Foi uma medida de retaliar o ataque que os EUA fizeram ao País e que acabou na morte do principal nome do Irã, o general Qassem Soleimani, na quinta-feira (2). O funeral de Soleimani durou quatro dias.
Com relação as manifestações, as televisões e jornais do País estão com restrição para mostrar o que de fato estão acontecendo nas ruas. Nas últimas horas, a mídia local mostrou imagens de pessoas sendo carregadas e muito sangue nas ruas.
Por Gabriel Dias / Foto: Divulgação