A empresa Suzano Papel e Celulose foi autuada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em R$ 27,6 mil por conta do descarte irregular de resíduos em uma estrada vicinal de Votorantim, conhecida como Estrada da Cachoeira da Macumba. De acordo com a Cetesb, a empresa foi autuada por ser a responsável pela área, porém não foi possível identificar quem realizou o descarte dos produtos.
Conforme análise realizada por equipe técnica da Cetesb, nos cerca de 300 barris havia solos contaminados, óleos, graxas, tintas e solventes.
Em vistoria realizada pela agência ambiental no dia 18 de dezembro foi constatado que os resíduos foram removidos do local por empresa especializada contratada pela Suzano, e destinados a local devidamente autorizado pela Cetesb.
A retirada ocorreu após mais de um mês da denúncia iniciada pelo vereador votorantinense Mauro Paulino Mendes (PTB).
Visualmente, segundo a Cetesb, não foram identificados prejuízos ambientais, porém, preventivamente, foi exigido do responsável, nas áreas onde ocorreram os descartes, um Estudo de Passivo Ambiental. “Além disso, foi aplicada uma multa à Suzano, em 27 de dezembro”, informou. À época do encontro do material, em novembro, toda a extensão da área não era cercada e moradores do entorno relataram que nenhum tipo de vigilância era realizado. Na semana passada a equipe de reportagem do Cruzeiro do Sul esteve no local, que agora é protegido por cercas de arame.
A Prefeitura de Votorantim foi questionada também sobre a situação e informou que testes no resíduo descartado foram realizados pela Polícia Civil. Em nota a administração municipal disse, porém, que a Secretaria de Meio Ambiente ainda não havia recebido laudo que identifica o material.
Inicialmente a Prefeitura da cidade havia informado que a área do descarte pertencia ao Grupo Votorantim, que negou a responsabilidade por meio da assessoria de imprensa da Votorantim Cimentos. A Prefeitura informou ainda que a remoção dos barris foi feita uma semana após a localização do material. Essa informação, porém, contradiz a Cetesb, que foi notificada pela Suzano sobre a remoção feita nos dias 11 e 13 de dezembro e também a própria reportagem do Cruzeiro do Sul, que uma semana após o encontro dos resíduos esteve no local e constatou que os barris seguiam ocupando a área.
A Suzano Papel e Celulose, que tem sedes em Mairinque e em São Paulo, foi questionada sobre as medidas que tomou após o descarte de produtos químico em área de sua responsabilidade. Em nota, a empresa informou que, além de providenciar a remoção do material, fez boletim de ocorrência e também solicitou a análise laboratorial dos resíduos descartados e irá compartilhar os resultados com os órgãos ambientais e autoridades competentes. “A empresa Intensificou a vigilância no local e fixou mais placas orientativas, assim como instalou cercas no perímetro afetado”, divulgou. (Larissa Pessoa)
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