Professores e GDF não chegam a acordo e greve continua

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    Terminou sem acordo a reunião entre representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro) e secretários do governo do Distrito Federal na noite desta terça-feira (13). O governo se comprometeu a apresentar uma nova proposta de reestruturação do plano de carreira da categoria até setembro, mas o diálogo não avançou, e a greve iniciada nesta segunda (12) continua por tempo indeterminado.

    O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, manteve o discurso de que não é possível reajustar o salário de nenhuma categoria este ano. Ele disse que a ideia é tentar convencer os professores de que o governo está quase no teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com os gastos com pessoal.

    “O diálogo tem que ser feito, o movimento tem causa justa, mas o estado tem limites. O governo adotou medidas para restabelecer as condições financeiras e assim que elas permitirem vamos ter uma proposta”, afirmou Lacerda. “A categoria só se convence com proposta concreta. A greve está sem data para acabar”, rebateu o diretor do Sinpro, Washington Dourado.

    Apesar do impasse, o governo descarta recorrer à Justiça para tentar frear o movimento grevista. Os professores prometem fazer um ato público nesta quarta-feira (14), às 9h30, em frente a residência oficial de Águas Claras.

    Novo plano de carreira
    O governo prometeu aos professores apresentar uma nova proposta de plano de carreira até 30 de setembro, quando já terá os extratos da LRF do primeiro e do segundo quadrimestres, o que vai dar melhor noção da saúde fiscal do GDF. O Sinpro considerou a medida um retrocesso.

    “Em março de 2011, eles assinaram uma carta prometendo apresentar a proposta de reestruturação em um ano, com datas. Essa nova promessa nem data tem”, disse Dourado.

    Além do plano de carreira, o GDF diz que vai estudar a viabilidade de implantar, a partir do segundo semestre, o plano de saúde dos professores e demais servidores públicos. Essa é uma das reivindicações dos docentes.

    “O plano vai custar R$ 78 milhões se for implementado no segundo semestre. Vamos analisar e, caso seja positiva [a análise], vamos implementar”, afirmou o Wilmar Lacerda. Segundo o secretário, o governo precisaria fazer um remanejamento no orçamento, já que não há verba carimbada para essa despesa.

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