Os fãs de Brasília – onde sua história artística começou – poderão reverenciá-lo em show gratuito, pela 34ª edição do projeto Noite Cultural T-Bone
Raimundo Fagner era um jovem de 21 anos quando chegou a Brasília para fazer administração de empresas na Universidade de Brasília. Em Fortaleza, de onde viera, já era visto como um compositor de grande potencial. Algumas das músicas que havia feito foram ouvidas inicialmente por colegas de curso, nas rodas de violão, no câmpus da UnB. Uma dessas canções, Mucuripe, o levou a vencer o 1º Festival do Ceub, em 1971, e a ser descoberto, logo em seguida, por pessoas influentes no Rio de Janeiro, que o encaminharam na carreira artística.
Uma das primeiras a se interessar pelo que Fagner produzia foi Elis Regina. No show que fazia no Teatro da Praia, no Rio, ela passou a cantar não só Mucuripe, como também Cavalo ferro e Noves fora. Apresentado por Eduardo Ataíde ao pessoal do Pasquim, o cantor fez seu primeiro registro fonográfico pelo projeto Disco de Bolso. Ocupou um dos lados do compacto, com Mucuripe; enquanto Caetano Veloso, no outro lado, cantava uma nova versão de A volta da Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Com Chico Buarque, fez duo na trilha sonora do filme Joana Francesa, de Cacá Diegues.
Tudo isso, antes de lançar Manera Fru Fru, manera, o LP de estreia pela Philips (atual Universal Music), que saiu em 1973. O cantor e compositor cearense atribui o lançamento desse álbum como o marco oficial do início da carreira. De lá para cá, muitos acontecimentos foram vividos por ele — entre os quais o lançamento de 40 discos — incluindo dois com Luiz Gonzaga e um com Zeca Baleiro — e quatro DVDs, com mais de 10 milhões de cópias comercializadas; uma grande popularidade e algumas polêmicas.
Fagner está comemorando 40 anos de trajetória musical. Nesta quinta-feira (19/9), às 21h, os fãs de Brasília — onde sua história artística começou — poderão reverenciá-lo em show gratuito, na 312 Norte, pela 34ª edição do projeto Noite Cultural T-Bone. Será acompanhado pela banda formada por Manassés (viola e cavaquinho), Cristiano Pinho (guitarra), André Carneiro (baixo), Rick de La Torre (bateria), Michel (sanfona e teclados) e Marcos Vine (teclados).