Dirigido por Sergio Rezende, o filme O Paciente: O Caso Tancredo Neves, com estreia nesta quinta-feira (13/9), resgata um dos fatos históricos mais importantes do país: a morte do primeiro presidente eleito do Brasil, após 21 anos de ditadura militar.
Embriagada com a possibilidade de ver uma das vozes em prol da redemocratização brasileira subir a rampa do Congresso Nacional, a população trocou a euforia pós-atos das Diretas Já pelo clima de incerteza. Engasgado desde a internação misteriosa do político nas vésperas de sua posse, o choro da nação veio acompanhado de diversas teorias de conspiração a respeito do falecimento, aos 75 anos, de Tancredo Neves.
Crítica: O Paciente resgata história e dá fim a teorias da conspiração

Crítica: O Paciente resgata história e dá fim a teorias da conspiração
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Desirée do Valle/Divulgação

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Mais de 30 anos depois, o cineasta elucida os fatos e reúne um time de grandes nomes da dramaturgia nacional para retratar os últimos dias de vida do político. O roteiro sugere erros médicos como causa mortis e tenta justificar as confusas e desencontradas informações repassadas à imprensa na época.
Prato cheio para os fãs das cinebiografias, o longa foge, na medida do possível, das questões políticas para humanizar o paciente. Tira-lhe a capa de mito e ressalta as fragilidades e inseguranças do protagonista personificado por um inspirado Othon Bastos. Sem excessos, o ator consegue semelhança incrível com o presidente, inclusive o mesmo timbre vocal. Outras estrelas compõem o elenco: Esther Goes, no papel de Dona Risoleta Neves, e Paulo Betti, como Dr. Pinotti. Ambos com atuações igualmente irretocáveis.
Apesar de ganhar com o elenco, a narrativa perde ritmo durante embates intermináveis entre os médicos, mesmo servindo para denunciar o despreparo dos profissionais envolvidos no tratamento do paciente. A disputa de egos entre a equipe de cirurgiões também é maçante e transforma o título em uma obra didática sobre a história do Brasil.
Avaliação: Regular