Em pleno setembro amarelo, a peça O Vendedor de Sonhos, adaptação do romance homônimo de Augusto Cury, desembarca em Brasília. Na premissa, o Mestre, um morador de rua, consegue convencer o suicida Júlio César a não pular do último andar de um prédio. Os dois se unem a Bartolomeu, um alcoólatra que decide, como eles, vender sonhos e ajudar uma sociedade adoentada.
Com direção de Cristiane Natale e com Mateus Carrieri e Luiz Amorim nos papeis principais, a peça está rodando o Brasil e emocionando plateias. “Fico muito feliz quando ouço os comentários do público! De fato, os relatos são de pessoas que, de alguma forma, sensibilizaram-se com alguma cena. Estamos vivendo um período difícil para humanidade em geral, onde não conseguimos externar nossas emoções, e o espetáculo traz isso”, pontua a diretora.
Para Carrieri, a fácil identificação do público com o assunto é a noção, cada vez mais comum, de que todos têm seus demônios internos.
“Sentimos que as pessoas ouvem algumas falas da peça e se identificam. Acontece que todo mundo passa por esse tipo de problema. Tivemos essa resposta emocionada logo na estreia, sempre tem alguém chorando quando acende a luz”, adianta o ator.
Adaptação teatral de obra de Augusto Cury discute o suicídio
Adaptação teatral de obra de Augusto Cury discute o suicídio
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Em O Vendedor de Sonhos, um mendigo convence um suicida a insistir na vida Divulgação
A dupla se une a um bêbado boa-praça para espalhar essa ideia entre as pessoas Divulgação
A peça trata da prevenção do suicídio: após a apresentação de sábado (22/09), voluntários do CVV vão conversar sobre o assunto com a plateia Divulgação
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Baseada em livro homônimo de Augusto Cury, a peça teve seu roteiro escrito com a ajuda do autor Divulgação
Mateus Carrieri está no papel principal: 15 anos de carreira interrupta nos palcos Divulgação
O fato de a peça sobre depressão e suicídio ser encenada durante o setembro amarelo foi, segundo Carrieri, uma coincidência fortuita. “O espetáculo tem muito a ver com a temática do mês, bem como o trabalho do Augusto Cury. Ele aborda a prevenção do suicídio de uma forma muito positiva”, comenta Carrieri.
Abordados pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), a equipe da peça vai bater um papo sobre o assunto depois da apresentação deste sábado (22/9). “É muito bacana fazer uma peça que entretém, mas também tem função social”, comemora o intérprete.
O próprio Augusto Cury participou da elaboração do roteiro, junto a Natale e à roteirista Érika Barbin. “Trocamos ideias, modificando o texto de acordo com a necessidade. Ficou limpo, com clareza e bastante emocional”, descreve a diretora. “Adaptar para o teatro é sempre mais difícil, por causa do espaço, dos cenários. Mas conseguimos transmitir a emoção do livro para a peça”, adianta Carrieri.
O Vendedor de Sonhos
No Teatro Unip (913 Sul), neste sábado (22/9), às 21h, e dominto (23), às 20h. Preço: R$ 80 (meia-entrada, mediante doação de um quilo de alimento não perecível). Valor sujeito a alteração. Não recomendado para menores de 14 anos