Bolsonaro admite que errou nas regras de Previdência para policiais

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    O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assumiu que errou com os policiais federais e militares ao não colocar regras mais brandas para a categoria na reforma da Previdência. O chefe do Executivo disse, no entanto, que pretende resolver os desentendimentos com base na conversa.

    Bolsonaro participou de café da manhã nesta quinta-feira (04/07/2019) com a bancada ruralista. O presidente também amenizou a briga entre policiais militares e federais e fez um apelo a parlamentares para que essa questão seja resolvida no texto que altera as regras de aposentadoria.

    “Primeiro, quero deixar bem claro que policial militar nunca teve privilégio no Brasil. Então, qualquer discurso voltado para mudanças que se fale em restabelecer privilégios não é verdade”, comentou. Bolsonaro pediu que, em parte, seja atendidos os pedidos da categoria porque os “policiais militares são mais do que aliados, são aqueles que dão sua vida por nós”.

    Para acalmar outras categorias, o mandatário brasileiro pediu que o mesmo esforço seja aplicado a outras carreiras na polícia. “O discurso de alguns, como se nós quiséssemos privilegiar também Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, não procede. São aliados e também nunca tiveram privilégio no Brasil”, completou.

    Entenda
    Desagrada os policiais o governo ter enviado um projeto de lei à parte para as Forças Armadas ao proposto para o regime geral. Eles interpretam o texto como “mais benevolente” aos integrantes do Exército, Aeronáutica e Marinha. Desde então, eles têm feito uma pressão forte para conseguir regras mais brandas para a categoria.

    Um acordo em torno das mudanças para atendê-los chegou a ser costurado nessa quarta-feira (03/07/2019) por líderes partidários da Câmara e o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), com a interferência do presidente. No entanto, ele não foi firmado, o que desagradou a categoria.

    Coube ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciar à imprensa que a idade mínima de 55 anos continuaria no novo parecer, frustrando a ação de Bolsonaro para reduzir esse número a 53 (homens) e 52 (mulheres).

    Integrantes da segurança pública pleiteavam, além da redução na idade mínima, alterações nas regras de transição de policiais federais — a categoria queria um “pedágio” de 17% sobre o tempo que restaria a trabalhar antes da reforma, como na regra prevista para os integrantes das Forças Armadas, mas a proposta seguiria com 100% de acréscimo.

     

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