Princesa Haya 6° esposa do xeque Mohammed foge com 35 Milhões de Euros para Londres

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    princesa Haya Bint al-Hussein, a última das seis mulheres do xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, o emir do Dubai, está escondida em Londres após fugir com os dois filhos, Jalila, de 11 anos, e Zayed, de 7.

    Segundo a imprensa britânica, Haya, de 45 anos, pediu asilo na Alemanha depois que decidiu se divorciar. Atualmente, ela estaria vivendo em uma casa de 85 milhões de libras próximo ao Palácio de Kensington, em Londres.

    A princesa se casou em 2004 com o xeque al-Maktoum, que além de emir de Dubai é primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU).

    De acordo com a imprensa britânica, Haya teria fugido com 35 milhões de euros para refazer a vida. Após receber asilo na Alemanha, ela teria viajado ao Reino Unido com o auxílio de um diplomata britânico.

    A fortuna do xeque Maktoum está avaliada atualmente em 4 bilhões de euros. Ele tem seis esposas e por volta de 23 filhos.

    Segundo o jornal britânico The Guardian, o governo dos Emirados vem pressionando o Reino Unido por meio de canais extraoficiais há algumas semanas para conseguir a extradição de Haya. Diante da negativa de Londres em atender aos pedidos, o reino estaria se preparando para iniciar uma batalha judicial na Suprema Corte.

    A embaixada dos EAU em Londres nega que Haya esteja no Reino Unido. Ela foi vista em público pela última vez em 20 de maio. Na semana passada ela não acompanhou o marido no Royal Ascot, uma tradicional competição de hipismo que acontece anualmente no Reino Unido.

    A princesa pratica hipismo e competiu nas Olimpíadas de Sydney de 2000 pela equipe da Jordânia. Ela e o xeque frequentemente são convidados para eventos do esporte.

    Haya é filha do falecido rei Hussein, da Jordânia, e é irmã do atual monarca do país, Abdullah II. Ela foi educada em escolas particulares no Reino Unido e estudou filosofia, política e economia na Universidade de Oxford. Quando solteira, também viveu na Alemanha.

    A princesa é descrita pela imprensa internacional como uma mulher moderna que revolucionou as práticas da realeza árabe. Ao contrário das demais princesas, sempre se recusou a cobrir o rosto. É dedicada a atividades humanitárias e fundou sua própria organização não-governamental, a Tikyet Um Ali.

    A primeira fuga

    Os motivos que levaram Haya a querer se divorciar e fugir ainda não estão claros. Segundo a BBC, fontes próximas à princesa afirmaram que ela teria descoberto recentemente informações sigilosas sobre o caso da princesa Latifa, filha do emir de Dubai capturada após tentar fugir dos EAU em fevereiro de 2018, e não se sentia mais segura.

    Latifa é filha da primeira mulher do xeque al-Maktoum e virou notícia em todo mundo após postar um vídeo na internet em que comunicava que tentaria fugir por se sentir maltratada e oprimida por seu pai. A mulher de 34 anos contou com o auxílio de um ex-espião francês e conseguiu deixar o país, mas foi capturada perto da Índia, quando tentava escapar em um navio.

    O governo de Dubai afirmou que a princesa teria sido influenciada a fugir e que, de volta a Dubai, estava recebendo tratamento psicológico. Desde então, contudo, ela não foi vista em público e organizações de direitos humanos dizem que ela é mantida em cativeiro.

    De acordo com a BBC, Haya teria descoberto novas informações sobre Latifa e, consequentemente, passou a sofrer grande pressão de membros da família de seu marido. Ela agora teme ser sequestrada e obrigada a voltar.

    Os Emirados Árabes Unidos se apresentam como uma das sociedades mais liberais para as mulheres no Oriente Médio. Mas, assim como a Arábia Saudita, o país também é regido pela sharia, a lei islâmica, e as mulheres de famílias tradicionais costumam ser oprimidas por seus maridos e familiares.

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