Autora é cancelada em feira e classifica ato como censura

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A participação da autora Luisa Geisler na Feira do Livro de Nova Hartz (RS) foi cancelada porque, segundos os organizadores do evento, o livro Enfim, Capivaras teria linguagem imprópria para adolescentes. A escritora e a editora Companhia das Letras classificaram o ato como “censura”.

Em texto publicado no jornal O Globo, Luisa Geisler defende o livro. “Enfim, Capivaras foi escrito e pensado para o público jovem. Conta a história de um garoto mentiroso compulsivo que inventa ter uma capivara de estimação; […] Os personagens falam como adolescentes falam. Usam gírias e palvrões”, escreve Luisa Geisler.

Pelo Instagram, a editora Companhia das Letras também contestou o ato dos organizadores do evento. “A Seguinte, selo jovem do Grupo Companhia das Letras, repudia qualquer tipo de censura e, diante de uma situação como essa, gostaria de declarar todo o seu apoio à Luisa Geisler, autora duas vezes vencedora do Prêmio Sesc de Literatura, além de finalista do Prêmio Machado de Assis, semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura e duas vezes finalista do Jabuti”, diz trecho do comunicado.

Instagram/Reprodução

“Acreditamos que a literatura (e a arte, em geral) deve ser questionadora, e reforçamos nosso compromisso de nunca subestimar o leitor jovem, publicando obras que retratem as experiências dos adolescentes de forma honesta e que promovam o diálogo”, conclui a editora.

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