Em um jogo movimentado, mas com poucas chances de gol, Palmeiras e São Paulo empataram por 0 a 0 neste domingo (26) no primeiro clássico do Campeonato Paulista. Mais objetivo e agressivo, o Palmeiras esteve mais perto da vitória e acertou duas bolas na trave, com Ramires e Luiz Adriano. O time do Morumbi teve maior posse de bola, mas construiu apenas uma grande chance, desperdiçada por Daniel Alves. O clássico teve a presença de Cléber Xavier, auxiliar do técnico Tite, da seleção brasileira, na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, interior de São Paulo.
O técnico Vanderlei Luxemburgo prometeu atacar o São Paulo e, para isso, escalou Gabriel Veron no lugar de Raphael Veiga. Isso demonstrava a intenção de ser um time veloz, com passagem rápida do meio para o ataque. Veron estava espetado de um lado e Dudu do outro. A estratégia era deixar que o São Paulo ficasse com a bola e surpreender na retomada para o contra-ataque. Nesse contexto, o time conseguiu a melhor chance. Após boa jogada de Veron aos 17 da etapa inicial, Dudu finalizou sozinho à frente de Tiago Volpi, que fez ótima defesa.
Além da boa presença de Lucas Lima, responsável pela assistência para Dudu, o meia Ramires se destacou. O jogador de 32 anos, com passagem pela seleção brasileira nas Copas de 2010 e 2014, parece estar recuperando suas melhores atuações após grandes dificuldades físicas no ano passado. Prova disso foi o belo chute que acertou na trave. Ele foi um dos diferenciais da superioridade do Palmeiras no primeiro tempo.
O time do Morumbi aproveitou a marcação mais recuada rival, trocou passes com precisão, principalmente com Daniel Alves, teve elevado índice de posse de bola, mas pecou pela falta de objetividade. Faltou chutar a gol. Faltou agressividade. A principal finalização da equipe aconteceu apenas em chute de longa distância de Helinho. Weverton defendeu bem.
O zagueiro Arboleda, do São Paulo, teve o nome gritado três vezes pela torcida do Palmeiras. Vale a explicação: nas férias, o defensor foi flagrado nas redes sociais usando a camisa do rival. O equatoriano pediu desculpas, mas foi xingado no primeiro jogo e multado pela diretoria.
A temperatura de 33 graus em Araraquara e o início de temporada impediram que os clubes mantivessem o ritmo puxado em todos os momentos do jogo.
No segundo tempo, Fernando Diniz mudou a maneira de atuar do São Paulo. Ele trocou Helinho por Liziero. Escalou Daniel Alves aberto na direita e Liziero saindo pela meia-esquerda. A intenção era melhorar a marcação e fazer mais jogadas pelos lados. As mudanças fizeram com que o time tivesse seu melhor momento no jogo, no início da etapa final. Foi aí que o time conseguiu sua melhor chance. Após bola longa do goleiro do Tiago Volpi, ligação direta entre a defesa e o ataque, encontrou Daniel Alves sozinho. O veterano chutou em cima de Weverton e desperdiçou a chance.
O Palmeiras respondeu com força com duas grandes chances em seguida. Aos 16 minutos, Luiz Adriano cabeceou sozinho no travessão. Em seguida, Victor exigiu grande defesa de Volpi com um chute de fora da área.
A exemplo do primeiro tempo, o São Paulo continuava pecando com a falta de profundidade. Ainda faltava poder de finalização. Na tentativa de resolver o problema, Diniz trocou Pablo por Pato. Do ponto de vista ofensivo, pouco adiantou. Pato se destacou por ajudar na recomposição defensiva, com dois desarmes importantes.
Ficha técnica
PALMEIRAS – Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Victor Luís; Ramires (Zé Rafael), Gabriel Menino (Patrick de Paula) e Lucas Lima; Gabriel Veron (William), Dudu e Luiz Adriano. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
SÃO PAULO – Tiago Volpi; Juanfran, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Tchê Tchê, Hernanes (Everton), Daniel Alves, Vitor Bueno e Helinho (Liziero); Pablo (Pato). Técnico: Fernando Diniz.
CARTÕES AMARELOS – Vitor Bueno e Bruno Alves.
ÁRBITRO – Raphael Claus.
RENDA – R$ 1.107.400,00.
PÚBLICO – 15.173 pagantes.
LOCAL – Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP).
(Estadão Conteúdo)
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