O projeto de futsal em Sorocaba já está no sétimo ano. Atualmente com seu segundo patrocinador, como Magnus Futsal, conquistou todas as taças possíveis para uma equipe: estadual, nacional, continental e mundial.
Desde o início no clube, o fixo Rodrigo é um dos símbolos da modalidade na cidade e no País. O capitão da equipe sorocabana também comanda a seleção brasileira dentro de quadra. Em entrevista à rádio Cruzeiro FM 92,3, o jogador falou da satisfação pelo sucesso do programa.
“Um projeto audacioso e que já ganhou muitos títulos. Estamos muito felizes, todo mundo arriscou, mas deu certo. Com o novo patrocinador, as coisas melhoraram ainda mais, é um patrocinador que pensa muito no esporte e gostou do futsal”, explicou.
O capitão iniciou a carreira no Pulo do Gato, clube de Campinas. Na sequência, partiu para o Carlos Barbosa, do Rio Grande do Sul, onde permaneceu por sete temporadas, o mesmo período que está em Sorocaba. Diferente da maioria, o jogador não é um “cigano da bola”.
“Costumo ficar na cidade, criar raízes, criar história e ter o respeito da comunidade. São duas grandes equipes. Carlos Barbosa é uma das maiores do mundo. Quando eu mudei de time, falaram que eu era louco por vir para Sorocaba”, revelou.
E a loucura deu certo, o time sorocabano é tricampeão mundial consecutivo, um feito inédito na modalidade. Experiente no esporte, Rodrigo comentou sobre a dificuldade do futsal alavancar no País, mesmo com tantos praticantes.
“Aqui no Brasil as coisas são um pouco mais difíceis. A gente vive de empresas, temos que dar muito valor para as empresas que patrocinam o esporte. Nossos times (aqui no Brasil) são times-empresas. Fazemos história como um time-empresa”, analisou.
Uma gestão mais profissional também seria o caminho para o futsal crescer mais no País. Rodrigo citou o exemplo de São Paulo, que conta com uma Federação e uma Liga. As brigas de dirigentes prejudicam a evolução do esporte.
“Tem a Federação Paulista e a Liga Paulista. Ficamos com essas brigas de bastidores: ‘eu quero ser o presidente, eu não quero’. Todo mundo quer ser o pai da criança,mas ela já está com mais de 20 anos e precisa evoluir. A gente precisa se unir”, falou.
Com muitas quadras à disposição, Rodrigo comentou sobre a importância de garotos praticarem a modalidade, até como uma forma de melhorar a formação de possíveis jogadores de futebol. Citou exemplos de jogadores que atuaram no futsal, como Neymar e Robinho.
“Até os 12, 13 anos, é fundamental estar jogando futsal. No futsal, ele vai pegar muito mais na bola. Vai aprender a marcar, a atacar, a pensar rápido. No campo, ele fica esperando a bola. Acaba nem vendo o potencial. No futsal você vai ver”, apontou.
O fixo aconselhou os clubes de futebol a criarem times de futsal e apontou os benefícios que podem ser gerados. “Os times grandes (de futebol) deveriam ter um time na Liga Futsal, como o Corinthians já tem. Com certeza eles irão produzir mais jogadores novos.” (Zeca Cardoso)
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