Com restrições, Arquidiocese de Sorocaba se prepara para retomar celebrações com povo

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Igrejas católicas continuarão fechadas na quarentena
Retomada gradual poderá ocorrer a partir desta segunda-feira (1). No detalhe, a Catedral de Sorocaba. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (10/4/2020)

 

A Arquidiocese de Sorocaba anunciou neste domingo (31) uma série de recomendações e determinações para a retomada gradual de celebrações litúrgicas com o povo. Essa retomada poderá ocorrer a partir desta segunda-feira (1). O documento é assinado por dom Julio Endi Akamine, arcebispo de Sorocaba. Por recomendações da entidade, as celebrações com povo estão suspensas desde 19 de março em função da pandemia de coronavírus.

Igrejas terão missas sem presença de fiéis
Documento é assinado pelo arcebispo de Sorocaba dom Julio Akamine. Crédito da foto: Vinícius Fonseca / Arquivo JCS (28/2/2020)

 

De acordo com o documento, as igrejas devem ser higienizadas após cada missa celebrada com povo. O documento afirma ainda que é de responsabilidade do pároco fixar cartazes informativos e educativos para prevenção da disseminação do coronavírus. Esse material deverá estar em lugares facilmente visíveis aos fiéis.

Todos os objetos litúrgicos e outros utilizados devem ser higienizados adequadamente após a celebração. Os folhetos litúrgicos devem ser usados somente uma vez. Se forem distribuídos, devem ser levados pelo fiel.

“Recomenda-se que a missa seja breve e que as partes fixas, como ato penitencial, hino de louvor, santo, doxologia e cordeiro e as aclamações da oração eucarística não sejam cantadas, mas rezadas”, diz outro trecho do documento.

Capacidade

O pároco, de acordo com as determinações, providenciará que se calcule a capacidade máxima de fiéis em cada igreja. O objetivo é respeitar a distância mínima de segurança. Será afixada nas portas das igrejas a capacidade máxima de público para as celebrações.

Deve-se reduzir ao máximo a equipe de celebração e ainda evitar a participação de coroinhas, acólitos e “cerimoniários”. Máscaras e luvas deverão ser usados por voluntários e/ou funcionários que forem realizar o controle do fluxo de fiéis.

Aliás, o uso de máscara dentro das igrejas será obrigatório para todos os presentes. Os fiéis com sintomas gripais ou que tiveram, nos dias anteriores, contato com pessoas doentes de Covid-19 não poderão ter acesso à igreja e às celebrações.

Ainda não podem ter acesso a igreja para as celebrações os fiéis com condições médicas pré-existentes, como pressão alta, doenças cardíacas, doenças pulmonares, carcinoma ou diabetes. “Recomenda-se vivamente que os idosos e as crianças, neste primeiro momento, não participem das celebrações presenciais”, diz outro trecho.

Será disponibilizado álcool em gel para higienização das mãos de todos os fiéis, inclusive imediatamente antes da comunhão. A igreja permanecerá com todas as janelas e portas abertas. Antes, durante e depois das celebrações serão evitados apertos de mãos e abraços. Para o rito da paz, não se fará o abraço da paz.

Os comungantes só retiram a máscara depois de receber a eucaristia na mão e para comungar. Os ministros da comunhão devem usar a máscara para dar a comunhão.

A coleta deverá ser feita depois da despedida litúrgica, no momento da saída dos fiéis. Se a igreja não puder oferecer as condições do distanciamento seguro entre os presentes, o pároco poderá realizar a celebração fora do templo, em local aberto. As missas deverão continuar com transmissões pelas redes sociais.

Cerimônias aos mortos

As celebrações das exéquias – cerimônias prestadas aos mortos – acontecerão conforme as orientações sanitárias, de maneira restrita aos familiares mais próximos. “Os ministros das exéquias as realizarão de forma breve e sempre obedecendo as normas de segurança no exercício de seu ofício”, determina.

A celebração dos sacramentos do batismo, matrimônio e unção dos enfermos seguem as mesmas normas de segurança e de higiene da missa com povo. O atendimento das confissões, além do distanciamento entre os fiéis e do uso de máscaras, requer a interposição de barreira entre penitente e sacerdote.

Por fim, o documento da Arquidiocese afirma que os sacerdotes que pertencem ao grupo de risco continuem celebrando a missa sem povo.






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