Demitido da CNN Brasil após citar falas consideradas homofóbicas, o comentarista Leandro Narloch se pronunciou em seu Twitter sobre o ocorrido. Afirmando que a “cultura do cancelamento me pegou”, ele disse ter “horror a homofobia” e “concordou com a doação de sangue por homossexuais”.
“A cultura do cancelamento me pegou. A CNN informou agora que, depois da polêmica desta semana, decidiu rescindir meu contrato. Lamento pelo motivo. Não sou nem fui homofóbico, tenho horror a homofobia e concordei explicitamente com a doação de sangue por homossexuais”, começou o comentarista.
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O jornalista foi desligado da emissora: ele foi contestado por associar gays ao vírus do HIV
Triste notícia. E triste a histeria que pequenas discordâncias causam hoje em dia. pic.twitter.com/dUBnTMuS4F
— Leandro Narloch (@lnarloch) July 10, 2020
Leandro Narloch, em comentário no CNN Live, afirmou que 25% dos homens gays de São Paulo são infectados com o HIV. A fala causou revolta na comunidade LGBTQIA+. Dados do Ministério da Saúde, aponta que, no Brasil, entre 2007 e 2019, mais heterossexuais foram contaminados pelo vírus HIV do que homossexuais. Narloch também usou o terma opção sexual, que não é o mais apropriado para o caso: o correto é falar “orientação sexual”.
“Me preocupa o clima da sociedade hoje, em que é impossível discordar até mesmo de termos ou terminologias sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro que precisa ser banido”, disse Narloch.
“Agradeço a todos os colegas da CNN e amigos que expressaram apoio e tristeza pelo o que ocorreu. E já antecipo anúncios dos próximos dias: um curso contra a cultura de cancelamento, sobre ‘temas sensíveis’ e ideias proibidas, e uma frente para preservar a diversidade ideológica e a liberdade do debate. Abraços e bola pra frente!”, finalizou.
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