Entre os que concluíram a faculdade e pós-graduação, taxa é maior entre brancos (38,1%); negros representam 20,8%, segundo levantamento do IBGE. Apesar da alta escolaridade, capital possui 66 mil analfabetos.
O Distrito Federal tem o maior percentual no país de pessoas que concluíram o nível superior: 27,8% da população, entre cursos de graduação e de pós-graduação. O índice faz parte de um levantamento divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de 2019. O levantamento de 2018 também apontava a capital com a taxa de escolaridade mais alta do Brasil.
O dado é resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Educação. O estudo mostra também que o DF tem a 5ª menor taxa de analfabetismo entre os estados – de 2,7% – sendo a maioria dos casos entre idosos e mulheres mais velhas (saiba mais abaixo).
Entre as pessoas que ainda estavam em cursos de nível superior no ano passado, 50,9% eram autodeclarados brancos e 36,8% pretos e pardos. Já, entre moradores que haviam concluído a graduação, a disparidade entre negros e brancos fica ainda mais evidente: a taxa é de 38,1% e 20,8% respectivamente.
Em relação ao gênero, as mulheres são maioria com nível superior: 28,7%. A taxa entre homens é de 26,6%. Os números são sete pontos percentuais à frente de São Paulo, que está na segunda posição no ranking nacional, com (21,1% e 17,7% respectivamente).
Nível de instrução no DF
Escolaridade | Brasil | DF |
Superior completo | 14,5% | 27,2% |
Superior incompleto | 5,4% | 8% |
Ensino médio completo | 27,9% | 28,2% |
Ensino médio incompleto | 7,9% | 7,3% |
Fundamental completo | 9,1% | 7,1% |
Fundamental incompleto | 30% | 18% |
Analfabetismo
Criança moradora de Santa Luzia, na Estrutural, estuda em casa durante pandemia — Foto: TV Globo/Reprodução
Com base no levantamento do IBGE, em 2019, havia 66 mil pessoas de 15 anos ou mais que eram analfabetas no DF. O total representa uma taxa de 2,7% – acima da média nacional, que é de 6,6%.
Apesar do alto número, a capital do país tem a quinta menor taxa de analfabetismo quando comparada com outras unidades da federação. Veja as melhores posições:
- Rio de Janeiro: 2,1%
- Santa Catarina: 2,3%
- São Paulo: 2,6%
- Rio Grande do Sul: 2,6%
- Distrito Federal: 2,7%
As piores taxas foram registradas em Alagoas (17,1%), Paraíba (16,1%) e Piauí (16%).
Idosos
Em todo o país, a população idosa é a que concentra a maior taxa de analfabetismo, e no DF não é diferente. Entre moradores com mais de 60 anos, 8,8% não sabem ler ou escrever. O dado revele que há 35 mil analfabetos nessa faixa etária.
De acordo com o estudo do IBGE, os resultados “indicam que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças”.
Na capital, ao contrário do restante do país, houve uma queda de 2 pontos percentuais na taxa de analfabetismo entre idosos, nos anos de 2018 e 2019. Há dois anos, o índice de pessoas sem escolaridade nessa faixa etária era de 11,5%.
O levantamento aponta, portanto, que quanto mais velhas são as mulheres, maior é a proporção de analfabetismo entre elas em comparação aos homens.
Analfabetismo por faixa etária no DF
Homem | Mulher | |
Mais de 15 anos | 2,5% | 2,9% |
Mais de 18 anos | 2,6% | 3% |
Mais de 25 anos | 3% | 3,5% |
Mais de 40 anos | 4,3% | 5,2% |
Mais de 60 anos | 6,3% | 10,6% |