Doença acomete principalmente crianças. Em gestantes, pode até causar abortos
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No Distrito Federal e no Brasil, o último caso confirmado da doença foi em 2009. Apesar dos indícios apontarem que ela não está em circulação, é realizado uma vigilância sentinela constante, feito por órgãos de saúde estaduais e federais, em busca de sinais da doença.
“Fazemos a chamada busca negativa de casos. Por exemplo, como a rubéola causa malformação em crianças, as que têm essas características entram em um diagnóstico diferencial. Também fazemos sorologia em pacientes para comprovar que a doença não está em circulação. Inclusive, todos os casos suspeitos são investigados”, explica a especialista.
Altas coberturas vacinais em todas as regiões de saúde e a realização imediata do bloqueio vacinal no momento da notificação e investigação são práticas que devem ser realizadas em todos os casos suspeitos, com objetivo de manter o controle e eliminação do vírus.
Marília Higino ressalta que o conhecimento e atualização dos profissionais de saúde quanto à identificação e notificação imediata de um caso suspeito de rubéola, tanto na rede pública como privada, é essencial para manter a eliminação da doença no país. “As medidas de prevenção da doença são fundamentais”, destaca.
Ocorre por meio de contato com secreções de pessoas doentes ao tossir, falar ou espirrar. A transmissão indireta, pouco frequente, pode acontecer no contato com objetos contaminados com secreção nasofaringe, além de sangue e urina.A transmissão acontece entre cinco a sete dias antes das manchas vermelhas aparecem no corpo e até sete dias após o surgimento delas. O período de incubação varia de 14 a 21 dias.A suscetibilidade é geral e a imunidade ativa é adquirida por meio da infecção natural ou da vacinação.SintomasO quadro clínico é caracterizado por erupções vermelhas na pele, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. Também vem acompanhada de febre baixa. Formas inaparentes são frequentes, principalmente em crianças.Já em adolescentes e adultos, podem apresentar sintomas que antecedem a manifestação ou o aparecimento de uma doença, como febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgia e mialgia), conjuntivite, tosse e coriza.
Não há tratamento específico para rubéola. Apenas os sinais e sintomas são tratados.
Histórico
A rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) passaram a ser doenças de notificação compulsória em 1996. A partir de 1999, constituiu junto com o sarampo a vigilância das doenças exantemáticas febris. Em 2000, a SRC passou a ter um formulário de investigação de casos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
No ano de 2008 foi realizada uma grande campanha nacional de vacinação de homens e mulheres adultos com até 39 anos de idade, contra a rubéola, com cobertura de 94% da meta populacional. Foram utilizadas as vacinas dupla e tríplice viral.