Ministerio Publico arquiva denúncia contra deputado Luis Miranda

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Segundo a decisão, o processo, que envolvia inadimplência de um aluguel, perdeu o objeto: todo o valor devido foi quitado

LUIS MIRANDA
FOTO : DIVULGAÇÃO

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu extinguir uma ação penal contra o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), o qual foi acusado de estelionato. A decisão desta segunda-feira (07/12) é assinada pelo juiz João Lourenço da Silva, da 3ª Vara Criminal de Taguatinga.

O congressista foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de ter usado um cheque sem fundos da empresa dele para quitar uma dívida de aluguel. Contudo, a suposta vítima se manifestou nos autos sobre o desinteresse pela continuidade do processo penal.

Com a declaração, os promotores pediram a extinção da peça, “por se tratar de crime patrimonial sem violência, cujo maior interesse é da vítima, considerando que já havia denúncia oferecida nesses autos quando houve a alteração legislativa, deve ser facultado à vítima manifestar seu direito de representação, mesmo que com a ação penal em curso”.

Segundo documento, o processo, que envolvia inadimplência de um aluguel, perdeu o objeto, pois todo o valor devido foi quitado.

O órgão também cita as mudanças que ocorreram com a aprovação da Lei Anticrime. Antes, em ações de estelionato, o próprio Ministério Público poderia apresentar a denúncia, mesmo se não houvesse interesse da vítima. Atualmente, no entanto, a mudança exige que esse tipo de denúncia só pode ser proposta a partir da pessoa supostamente lesada.

“Acusações infundadas”
Procurado, o deputado Luis Miranda afirmou, em nota, que “aguardava esta decisão com total confiança e certeza de que justiça seria feita”.
“A dívida referente a esta cobrança foi quitada antes de qualquer ação do Ministério Público. A suposta vítima deixou claro desde o princípio que nunca causei qualquer prejuízo. O problema é que acusações infundadas como esta deixam cicatrizes e destroem biografias”, pontuou.O congressista e outras duas pessoas foram acusadas por estelionato (artigo 171 do Código Penal) por terem tentado quitar uma dívida empresarial por meio de um cheque falso. A denúncia partiu de uma empresa chamada Salão de Cobrança Ltda., que alugou um imóvel comercial para Halison Ribeiro Vitorino tendo como fiador o atual parlamentar. O caso ocorreu em 2010.
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