O Ministério da Saúde recuou e voltou a orientar que metade do novo lote da Coronavac seja reservada para garantir a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19. No dia 19, o general Eduardo Pazuello disse a prefeitos que não seria mais necessário reter vacinas, pois o fluxo de entrega de novos lotes permitiria repor estoques a tempo de completar a imunização.
O intervalo recomendado para a aplicação das doses da farmacêutica chinesa Sinovac, com doses distribuídas no Brasil pelo Instituto Butantan, é de 21 dias. Prefeitos e governadores vinham cobrando que o Ministério da Saúde confirmasse a orientação de Pazuello em nota técnica, mas a pasta manteve as recomendações anteriores.
Segundo apurou o Estadão, a área técnica foi surpreendida pela promessa do general aos ministros e não quis validar a nova regra, pois há risco de que novas vacinas não cheguem a tempo da aplicação da segunda dose.
“Tendo em vista o intervalo entre a D1 e D2 (duas a quatro semanas), e considerando que ainda não há um fluxo de produção regular da vacina, orienta-se que a D2 seja reservada para garantir que o esquema vacinal seja completado dentro desse período, evitando prejuízo nas ações de vacinação”, diz informe técnico da pasta.
A recomendação da Saúde se aplica a 1,2 milhão de doses da Coronavac, com distribuição entre o fim deste mês e o começo de março. (Mateus Vargas – Estadão Conteúdo)
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