Após 14 anos fechado, o Museu de Arte de Brasília (MAB) será reinaugurado no dia 21 de abril, quando se comemora o aniversário de 61 anos da capital federal. A reabertura, no entanto, não significa acesso livre aos visitantes, que terão que aguardar até a flexibilização das medidas de segurança contra a Covid-19 para conhecer o espaço após a reforma de R$ 9 milhões custeada pelo Governo do Distrito Federal.
“O MAB está começando a criar vida, tomar forma. Se o Distrito Federal é uma obra de arte, aqui é onde a arte se encontra. O GDF não mediu esforços para recuperar este espaço que estava abandonado há anos. Será um grande presente para o aniversário de Brasília”, comemorou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, ao anunciar a novidade.
As 12 primeiras esculturas do catálogo de mais de 1,3 mil peças chegaram na última sexta-feira (9/4). Dessas, 11 são de autoria de artistas brasilienses e, juntas, custam R$ 1,5 milhão. Elas estavam guardadas na Residência Oficial de Águas Claras (Roac). Entre as que estão para chegar, há obras assinadas por grandes nomes da produção nacional, como Tarsila do Amaral.
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Reforma
Após a reforma, o MAB irá obedecer às necessidades de segurança e acessibilidade, com dois elevadores para cadeirantes. Com isso, as pessoas com deficiência poderão ter acesso ao pavimento superior do prédio. No que diz respeito ao espaço e ao acervo, a novidade será a disponibilidade de uma reserva técnica com quase 600 metros quadrados e laboratório de restauro e conservação novos, além de sala de triagem para receber e avaliar as obras. Os ambientes também serão climatizados e contarão com energia solar.
Haverá ainda uma passagem subterrânea que fará a ligação direta com a reserva técnica do museu e novas paredes de cobogós na parte inferior do prédio que se somam ao projeto original da fachada superior. Circundando o museu, gramas e árvores são destacadas pela iluminação integrada ao concreto.
Museu nasceu junto com Brasília
A importância do MAB para cidade é inegável, tanto pelo seu peso histórico quanto pela riqueza de seu acervo. Localizado às margens do Lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, o espaço nasceu praticamente junto com a cidade, servindo de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e até para um casarão do samba.
Só em 1985 virou galeria de um acervo invejável de obras raras. O projeto estrutural foi assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e por Joaquim Cardozo. Já o o projeto arquitetônico foi de um jovem alagoano chamado Abel Carnauba Accioly, na época desenhista técnico da Novacap.
Em 2007, o local foi fechado por causa de problemas estruturais.
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