Fim dos carregadores? Cientistas criam sistema que gera sua própria energia

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Por meio de uma reação eletroquímica, nanotubos de carbono conseguem induzir a produção de eletricidade quando imersos num solvente orgânico
Fim dos carregadores? Cientistas criam sistema que gera sua própria energia
(Foto: Jose-Luis Olivares/MIT/Reprodução)

Imagine nunca mais precisar carregar o celular? Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Massachusetts Institute of Technology ou MIT) descobriram uma nova maneira de gerar eletricidade usando minúsculas partículas de carbono que podem criar corrente simplesmente interagindo com o líquido ao seu redor.

O estudo dessa nova forma de geração de energia, que pode acabar com a necessidade de carregadores, foi publicado na revista científica Nature Communications na última segunda (7/6).

Essa tecnologia que usa nanotubos de carbono já havia sido investigada pelo pesquisador Michael Strano. Em 2010, ele provou que as ondas termoelétricas – ou pulsos de calor que criam energia – podem ser geradas revestindo nanotubos de carbono com uma camada de combustível.

Agora, os nanotubos tiveram que ser triturados e transformados em lâminas com um dos lados cobertos por um revestimento de polímero semelhante ao teflon para gerar “assimetria” e deixar que elétrons fluam livremente para o outro lado.

Depois de cortados no tamanho necessário e submersos na solução orgânica acetonitrila, o solvente extrai elétrons do lado não revestido e induz a geração de corrente elétrica, que pode ser usada para impulsionar reações químicas ou alimentar robôs em micro ou nanoescala, dizem os pesquisadores.

“Esse mecanismo e essa forma de gerar energia são completamente novos. A tecnologia é intrigante porque tudo que você precisa fazer é deixar um solvente fluir por entre as partículas. Isso permite gerar eletroquímica, mas sem fios”, afirma Michael Strano, principal autor do novo estudo, citado pelo site de notícias científicas Phys.org.

Segundo o cientista, o solvente orgânico tira os elétrons do lado não coberto pelo polímero e o sistema tenta se “equilibrar” movendo os elétrons. “Não há química sofisticada de bateria nele. É apenas uma partícula e você a coloca no solvente e ela começa a gerar um campo elétrico”, completa Strano ao site especializado.

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