Justiça concede a Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá o direito de usar a marca Legião Urbana

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Na última terça-feira (28), a Justiça do Rio de Janeiro concedeu a Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá o direito de usar a marca Legião Urbana em atividades profissionais.
Para evitar eventuais problemas, a 7ª Vara Empresarial do Rio ainda deixou claro que os herdeiros de Renato Russo terão que pagar uma multa de R$ 50 mil cada vez que tentarem impedir os dois músicos de utilizarem o nome para os fins determinados.

“Não parece minimamente razoável que [Dado e Bonfá] não possam fazer uso de algo que representa a consolidação de um longo e bem sucedido trabalho conjunto – reconhecido por milhões de fãs”, afirmou um trecho da sentença.

E continuou: ”É legítimo que suas apresentações musicais devam fazer referência à antiga banda e, para tanto, eles devem estar autorizados a utilizar a marca sempre que desejarem, independente de autorização da ré [Legião Urbana Produções Artísticas]”.

Mas quem pensa que a guerra entre os músicos e o filho de Russo, Giuliano Manfredini, acabou está enganado.

O advogado Alexandre Viveiros, que representa a empresa Legião Urbana Produções Artísticas, ressaltou que as principais exigências dos músicos, como coparticipação na marca Legião Urbana e indenização por danos morais e patrimoniais, não foram acatadas pela Justiça.

Segundo o jornal “O Globo”, o profissional garantiu que pretende recorrer para deixar “claros os limites dessas atividades profissionais”. “É um recurso cabível quando a decisão não é clara o suficiente”, pontuou.

Histórico

O legado de Renato Russo é motivo de sérias divergências entre os ex-integrantes do Legião e a família do músico. Isso porque as duas partes dizem ter direitos sobre a marca, mas não concordam entre si.

Tudo começou com o especial produzido pela MTV com Wagner Moura cantando os hits da banda. Giuliano teria dificultado a autorização, o que o herdeiro nega.

Por outro lado, em março deste ano, Giuliano lançou um novo site sobre a banda sem o consentimento ou participação de Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, que, na época, se disse “indignado”.

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