Rádios e TVs tiram músicas de DJ Ivis do ar após acusação de agressão

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Rádios do Grupo Cidade de Comunicação, como Rádio Cidade, Jovem Pan e a 89,9 FM publicaram uma nota de repúdio anunciando a medida

Após a divulgação de imagens em que o DJ Ivis, 30, aparece agredindo a ex-mulher, Pamella Holanda, 27, emissoras de rádio do Ceará anunciaram a retirada de músicas do cantor de sua programação e o canal Multishow também não irá mais exibir nenhum clipe que tenha a presença do músico.

Rádios do Grupo Cidade de Comunicação, como Rádio Cidade, Jovem Pan e a 89,9 FM publicaram uma nota de repúdio anunciando a medida. “Informamos que, devido aos atos de violência cometidos pelo cantor e compositor DJ Ivis contra a ex-companheira Pamella Holanda, nós, do Grupo Cidade de Comunicação, retiramos os hits do artista da programação musical de nossas rádios.”

A FM 93, afiliada do Grupo Globo no Ceará, também publicou uma nota afirmando que não apoia nenhum tipo de violência contra mulher e que “em virtude da agressão cometida pelo DJ Ivis contra a esposa Pamella Holanda, nós não iremos mais reproduzir nenhuma música dele em nossa programação.” “Esperamos que justiça seja feita por esta mulher, a filha dela e por todas as que sofrem violência doméstica”, continuou a rádio na publicação feita no Instagram. Já o Multishow afirmou ao colunista Leandro Carneiro, do Uol, que “todos os clipes com participação do DJ Ivis foram suspensos da programação do canal”.

Nesta terça-feira (13), a arquiteta e influenciadora esteve no programa Encontro com Fátima Bernardes e disse que foi agredida pela primeira vez pelo DJ quando estava grávida da filha, Mel. Na ocasião, ela afirmou que tentou justificar para si mesma que ele tinha agido daquela forma por causa do temperamento dele. “Eu não acreditava que ele podia fazer aquilo comigo”, afirmou. Ela completou que as agressões se repetiram posteriormente. Pamella disse que não denunciou antes porque tinha medo de ser desacreditada por ele ser conhecido.

“A gente vive num país machista e somos criados nessa cultura. Eu tinha medo de que, pelo fato de ele ser homem e eu mulher, e a gente quase nunca ter voz e espaço, eu pensei ‘tenho que provar que isso acontece e que ele faz isso comigo.’ Se fosse só minha palavra contra a dele, eu ia viver tentando provar.”

ENTENDA O CASO

As imagens das agressões foram divulgadas no último domingo (11) e o músico, conhecido como astro da pisadinha, foi afastado de todos os compromissos profissionais pela produtora Vybbe, responsável pelo gerenciamento da carreira dele.

Produtor, cantor, compositor e tecladista, o artista emplacou hits como “Volta Bebê, Volta Neném”, “Não Pode se Apaixonar” e “Volta Comigo BB”. Nas imagens, Pamella aparece levando chutes, socos e empurrões dele. A Polícia Civil do Ceará, onde a violência teria ocorrido, investiga o caso.

Após a denúncia, DJ Ivis postou vídeos afirmando que há acontecimentos que não aparecem nas imagens reveladas pela ex-mulher. “Eu sempre apanhei com a minha filha no braço, alguém tem noção do que é isso?”, ele pergunta em um vídeo em que a arquiteta aparece tentando dar tapas nele, com a filha no colo.

“Sempre tentei fazer de tudo para que isso não chegasse ao extremo. E, como eu disse, tenho como provar tudo, nada vai justificar a reação que eu tive, mas não aguentava mais ameaças”, afirmou. De acordo com a versão do artista, a ex-mulher o impedia de sair de casa e fazia ameaças contra a própria vida e dizia que sumiria com a filha por não admitir o fim do relacionamento.

Pamella recebeu apoio de várias artistas após divulgar as cenas de agressão. “Por nenhuma mulher a mais silenciada, a violência não deve nem pode nos calar. Não existe justificativa. Todo o meu apoio a Pamella e repúdio às cenas e atos de horror do Dj Ivis. Violência contra mulher é crime”, disse Juliette, campeã do BBB 21. “Não justifique o injustificável”, afirmou a atriz Giovanna Lancellotti, em um recado para o DJ. “Não existem justificativas ou argumentos que diminuam as provas e a existência do crime cometido. É inaceitável, intragável e brutal”, opinou a cantora Marília Mendonça.

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