Após anos de baixa e desconfiança, Bulls e DeRozan dão show na NBA

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Mesmo que o Chicago Bulls tenha sido um dos times que melhor tenha se reforçado durante a off-season, a franquia seis vezes campeã da NBA ainda enfrentava desconfiança em relação à química que seus principais jogadores apresentariam em quadra, principalmente no lado defensivo da bola.

Desconfiança, aliás, é algo que tem sido parte da carreira de DeMar DeRozan, um dos principais reforços contratados por Chicago. Desde que seu Toronto Raptors sofreu eliminações traumáticas pelas mãos de LeBron James e ele veio a público revelar sua luta pela saúde mental, o jogador de 32 anos recebeu um injusto e simplista estigma de amarelão, com suas falhas amplificadas e qualidades apagadas.

Pois a temporada 2021-22 tem sido de redenção tanto para a franquia quanto para o jogador. O Chicago Bulls é o atual líder da Conferência Leste, com 24 vitórias e 10 derrotas, à frente dos favoritos Brooklyn Nets e Milwaukee Bucks. Já DeMar DeRozan é o jogador que mais marcou pontos no quarto período nesta temporada (241), e tem aproveitamentos de 53% de quadra, 54% para 3 e 88% em lances livres.

No último sábado (1º/1), ele se tornou o primeiro jogador da história da NBA a acertar buzzer beaters (arremessos no estouro do cronômetro para vencer o jogo) em jogos consecutivos contra o Washington Wizards. No dia anterior, a vítima havia sido o Indiana Pacers.

DeRozan, no entanto, não tem sido a única história de sucesso deste Chicago Buls. A sintonia do camisa 11 com Zach LaVine, outro motivo de preocupação no início da temporada, tem sido um sucesso, com ambos comandando o 5º melhor ataque da liga no momento. As médias da dupla dinâmica deixam óbvio o equilíbrio: DeRozan marca 26.8 pontos por partida, enquanto LaVine contribui com 26.3.

E a defesa, o motivo de tanta desconfiança? Chicago tem atualmente a 10ª melhor eficiência defensiva da liga, categoria a qual Lonzo Ball (1.8 roubadas de bola por jogo, 8º na liga) e Alex Caruso (2.0 roubadas, 2º na liga) foram especialmente designados para ajudar.

Mesmo que, no momento, os Bulls estejam desfalcados de seus dois motorzinhos (Caruso por lesão, Lonzo no protocolo de saúde contra a Covid), a diretoria conseguiu montar um elenco profundo, com diversas peças contribuindo enquanto a liga passa por um surto.

Nomes que vão desde Nikola Vucevic, a principal peça adquirida na data-limite para trocas no ano passado, passando pelo calouro Ayo Dosunmu e sua presença defensiva, por Coby White até o técnico Billy Donovan.

Chicago não se classifica para os playoffs desde a temporada 2016-17, quando foi eliminado na primeira rodada pelo Boston Celtics. O período de ausência da pós-temporada caminha a passos firmes para ser encerrado no atual campeonato. Porém, o potencial apresentado por DeRozan e Cia. têm feito os torcedores dos Bulls sonharem alto: poderá esse time repetir o feito dos Bulls de 2010-11, quando Tom Thibodeau, Derrick Rose e Joakim Noah alcançaram as Finais de Conferência? Ou, em uma temporada na qual diversos times têm lidado com lesões e foram mutilados pela Covid-19 e a variante ômicron, Chicago conseguirá abrir caminho até as suas primeiras Finais desde 1998, quando Michael Jordan, Scottie Pippen, Dennis Rodman e Phil Jackson bateram o Utah Jazz?

DeRozan já sofreu com desconfianças e já as superou antes. Não seria surpresa se conseguir fazê-lo outra vez.

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