Sequelas de Covid leve pode afetar memória e atenção por até 9 meses, diz estudo

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Problemas cognitivos são relacionados à Covid longa, uma condição que afeta os pacientes recuperados da infecção do coronavírus por meses

Um estudo feito na Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostra que mesmo as pessoas com Covid-19 leve podem ter a memória e a atenção prejudicadas por até nove meses após se recuperarem da infecção pelo coronavírus.

Problemas de cognição são relacionados à Covid longa, condição que afeta até 73% dos pacientes que contraíram o vírus. Ela também pode causar a perda de massa muscular, cansaço físico e emocional, fraqueza muscular, falta de ar e alterações do paladar e olfato por meses após a infecção, segundo estudos anteriores.
Para a pesquisa da instituição britânica, psicólogos do Departamento de Psicologia Experimental de Oxford e do Departamento de Neurociências Clínicas de Nuffield pediram aos voluntários que haviam testado positivo para a doença anteriormente, mas não apresentaram outros sintomas tradicionais da Covid longa, para realizar exercícios de teste da memória e da capacidade cognitiva.

Os participantes foram significativamente piores em recordar experiências pessoais – a memória episódica – até seis meses após a infecção, em comparação com pessoas não infectadas.

Eles também tiveram um declínio maior da capacidade de manter a atenção ao longo do tempo no intervalo de até nove meses após a infecção.

“Nossas descobertas revelam que as pessoas podem experimentar algumas consequências cognitivas crônicas por meses”, disse Sijia Zhao, do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford. “O que é surpreendente é que, embora nossos sobreviventes da Covid-19 não se sentissem mais sintomáticos no momento do teste, eles mostraram atenção e memória degradadas”, continuou.

A memória episódica e a atenção dos participantes do estudo voltaram ao normal após seis e nove meses, respectivamente, segundo a psicóloga.

Apesar do número limitado de participantes, pesquisadores avaliam que as diferenças observadas entre os grupos com e sem Covid-19 foram impressionantes.

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