De acordo com estudo do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, publicado nesta terça-feira (25/1), a gravidade de infecções causadas pela Ômicron foi menor do que as variantes anteriores. O órgão analisou indicadores como a duração de internação e mortes de pessoas com Covid-19 nos EUA entre dezembro de 2020 a 15 de janeiro de 2022.
A pesquisa examinou três sistemas de vigilância e uma grande base de dados de saúde para avaliar múltiplos indicadores, comparando o pico de casos da Ômicron com outros momentos da pandemia de Covid-19. As maiores médias móveis diárias foram relatadas com a nova variante, registrando quase 800 mil casos por dia durante a semana de 9 a 15 de janeiro. Taxas de hospitalizações também foram maiores com a cepa.
Contudo, durante o período Ômicron, a maior média móvel diária de sete dias de mortes foi de 1.854 óbitos. De acordo com o relatório do CDC, o número é mais baixo do que com outras variantes. Durante o pico da variante, as mortes por Covid-19 foram de nove por mil casos da doença. Em comparação, o índice foi de 16 por mil no inverno anterior, registrado entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. Com a Delta, foram 13 mortes a cada mil infectados.
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Esta aparente diminuição da gravidade da doença está provavelmente relacionada com múltiplos fatores, sobretudo o aumento da cobertura vacinal entre as pessoas elegíveis. Por exemplo, durante o período da Ômicron, 207 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas, tendo como comparação 178 milhões de vacinados durante a Delta.
Além disso, o reforço vacinal foi quase 49 vezes maior durante o pico da nova cepa, contemplando 78 milhões de pessoas. A pesquisa aponta para outros fatores que garantiram uma menor gravidade da Covid-19, incluindo a imunidade adquirida por infecção e a potencial virulência inferior da variante Ômicron.
Até 15 de Janeiro de 2022, a cepa representava 99,5% dos casos sequenciados nos Estados Unidos. O CDC ainda ressalta que, embora a gravidade da doença pareça inferior com a variante Ômicron, o elevado volume de hospitalizações pode sobrecarregar os sistemas de saúde e o número médio diário de mortes continua a ser considerável. Estes resultados são consistentes com relatórios da África do Sul, Inglaterra e Escócia.
“Isso realça a importância da preparação nacional para emergências, especificamente, a capacidade de cirurgias hospitalares e a capacidade de pessoal adequado para os sistemas de saúde locais. Além disso, estar a par das vacinas e seguir outras estratégias de prevenção recomendadas é fundamental para prevenir infecções, doenças graves, ou morte por Covid-19”, afirma o órgão de controle.
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