Veja novos carrões apreendidos de youtuber. Valores chegam a R$ 8 mi

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A frota de veículos de luxo apreendida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) durante a Operação Huracán ganhou quatro novas aquisições. Os carros pertenciam ao youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido na internet como Klebim, apontado como o cabeça do esquema criminoso envolvendo rifas clandestinas e lavagem de dinheiro que teria rendido R$ 20 milhões em dois anos.

A BMW Z4 e uma SUV Tiguan já haviam sido alvo de pedido de sequestro concedido pela Justiça e foram localizados no interior de uma oficina de preparação de suspensão especial. O dono da empresa foi colocado como fiel depositário até que os automóveis possam ser transportados, pois ambos estavam desmontados. Ao todo, a PCDF apreendeu 20 veículos, avaliados em cerca de R$ 8 milhões.

O terceiro possante localizado também é um BMW modelo M4. O superesportivo, ano 2020, custava, em média, R$ 487 mil. O quarto veículo apreendido pelas equipes da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) é um VW Passat, que seria rifado pelo grupo nesta semana.

Veja fotos dos últimos quatro carros apreendidos:


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A operação

As apurações da Operação Huracán apontaram que o influenciador digital utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo, com sofisticados sistemas de som e customização. Klebim e outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

Apenas no Instagram, Klebim tem cinco perfis: o pessoal, com 1,4 milhão de seguidores; Estilo Dub (1,3 milhão); Guincho Dub (12,5 mil), Dub Shop (119 mil) e Dub House (332 mil). Além disso, ele mantém um canal no YouTube com 1,27 milhão de inscritos. Já no TikTok o número é de 1.207. O total de seguidores em todas as redes alcança a marca de 4,4 milhões.

Veja quem é o influencer Klebim Moraes:


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Lavagem de dinheiro

De acordo com as investigações, os sorteios não são autorizados pelos órgãos competentes, e o youtuber não recolhia impostos. Klebim, segundo a polícia, lavava o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, que são registrados em nome de laranjas – incluindo a mãe do influenciador – e empresas de fachada.

Além de Klebim, foram presos, acusados de integrar o esquema criminoso, Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. Todos teriam ajudado a movimentar as rifas clandestinas e auxiliado na entrega dos veículos, por isso recebiam comissões em dinheiro pagas pelo influenciador digital.

A DRF identificou que o esquema era altamente lucrativo e apurou que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos. Para se ter ideia do poder de compra de Klebim, a polícia apreendeu uma Lamborghini Huracán e uma Ferrari 458 Spider. Os superesportivos são avaliados em R$ 3 milhões cada.

Veja carrões do youtuber:


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Caminho do dinheiro

A polícia mapeou o caminho dos milhões amealhados com a venda das rifas. Os valores eram pagos por meio de plataformas digitais, como Mercado Pago e PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada.

De acordo com o diretor da DRF, delegado Fernando Cocito, “o conluio criminoso era descarado” e capitaneado por influenciadores digitais que arrastavam milhares de seguidores com o discurso de legalidade e lucratividade das rifas de veículos.

“Os presos influenciaram dezenas de outros contraventores que, em toda a Região Centro-Oeste do país, passaram a disseminar perfis, canais e sítios eletrônicos de rifas ilegais e a ocultar valores oriundos da contravenção, em prejuízo da ordem econômica e do sistema financeiro”, afirmou.

Rifa clandestina

A rifa clandestina é prática ilegal, de acordo com o Ministério da Economia, órgão responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no país. Segundo a pasta, ainda que o dinheiro da rifa sirva para bancar projetos de veículos – ou seja, total ou parcialmente direcionado para caridade –, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial; nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. O órgão informa que “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de consistir em um “serviço público exclusivo da União”.

Por meio de nota, o ministério informa que, se houver comprovação de prejuízos a qualquer participante, poderá ser configurado ilícito penal ou, “no mínimo”, lesão ao consumidor.

 

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