Falha em UPA contribui para fuga de jovem com problemas psiquiátricos

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Um jovem de 22 anos que sofre de esquizofrenia ficou desaparecido por algumas horas após falha na segurança da unidade de pronto atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante (foto em destaque). O rapaz desapareceu por volta das 11h30 desta terça-feira (5/4), mas conseguiu voltar para casa perto das 18h.

Segundo contou a mãe do paciente ao Metrópoles, o filho usa remédio controlado, mas deixou de tomar os medicamentos e, na noite de segunda-feira (4/4), entrou em estado de surto. A família ligou para o Corpo de Bombeiros, que o levou para a UPA.

Na unidade de saúde, o rapaz foi amarrado e medicado. Depois que os remédios fizeram efeito, ele foi solto para dormir. Na manhã dessa terça, a mãe ficou preocupada, pois sabia que o jovem poderia voltar a entrar em surto. Ela conta ter avisado aos funcionários e profissionais de saúde da UPA de que o filho não estava em condições de sair sozinho.

“Eu falei: ‘fiquem atentos, não deixem que ele saia’. De repente, ele simplesmente levantou e falou que ia embora”, conta a responsável pelo paciente. A mulher diz ter pedido ajuda aos funcionários para contê-lo. No entanto, tanto os profissionais de saúde como os seguranças se recusaram.

“Fiquei abismada, porque, para mim, a função dos vigilantes era exatamente essa: conter quem não poderia entrar e sair. Eles não deram nenhuma orientação e ele saiu e correu. Perdi de vista e não consegui ver em que direção ele foi”, conta a familiar.

O filho ainda teria dito, antes de deixar a unidade de saúde, que assim que saísse do local tiraria a própria vida, o que deixou a mãe ainda mais desesperada durante as seis horas em que ele ficou desaparecido. O rapaz conseguiu voltar sozinho para casa, mas continua mal de saúde.


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“As consequências não passaram. O atendimento emergencial que ele precisava, não recebeu. Meu filho continua em estado de surto, representando um risco para ele mesmo e para as outras pessoas”, protestou a mãe.

Questionado, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pelas UPAs do DF, explicou que, em casos de atendimento psiquiátrico nessas unidades, o paciente é tratado enquanto está em surto, pois entende-se ser uma emergência. Após a finalização do tratamento de emergência, ele recebe alta.

O instituto afirmou que não vai comentar o caso específico do paciente para resguardar as informações médicas, consideradas sigilosas. A reportagem também questionou a Secretaria de Saúde sobre os protocolos de atendimento psiquiátrico na rede pública de saúde, mas a pasta se limitou a informar que as UPAs são responsabilidade do Iges.

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