Os furtos de motocicleta estão em alta no Distrito Federal. Desde o início do ano até junho, a Polícia Civil do DF registrou 854 casos, ou seja, dois casos por dia em média. O balanço da Divisão de Análise Técnica e Estatística da corporação aponta que os meses de maio e junho apresentaram a maior quantidade de ocorrências, com 366 registros, no total.
Segundo o levantamento, entre 2017 e até 26 de julho de 2022, foram registrados 7.817 furtos de motos, com média mensal de 116 ocorrências. No período, 2017 teve a menor quantidade de ocorrências (1.059), e 2018, a maior (1.515). A pesquisa apontou tendência de alta de casos neste ano.
Ladrões que furtam motos em segundos são alvo de operação da PCDF
Com relação à situação de furtos nas regiões administrativas, Brasília apresentou o maior número de casos (19,1%), seguida de Taguatinga (14.8%), Ceilândia (14,7%) e Samambaia (6,7%). Somadas, essas regiões apresentam metade dos casos de furtos de motocicletas do DF.
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Em 2022, Ceilândia apresentou a maior alta de casos de furto em relação a 2021; são 80 ocorrências a mais que no ano passado. A região que apresentou a maior baixa foi Águas Claras, com 15 casos a menos. Entre 2021 e 2022, a média mensal de registros passou para 123 ocorrências.
Segundo o levantamento, o furto de motocicletas ocorre, preferencialmente, em vias públicas (51,5% dos registros) e estacionamentos (31,5%). A maioria dos crimes ocorre em dias úteis da semana, sendo terça-feira e quarta-feira os dias com mais frequência.
Quadrilha especializada
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma megaoperação interestadual, nas primeiras horas desta quarta-feira (27/7), para desarticular uma quadrilha especializada no furto de motocicletas. Cerca de 200 agentes e delegados cumpriram 22 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão em Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião, Riacho Fundo e nas cidades de Luziânia e Águas Lindas, no Entorno do DF, além de estados como Piauí e Bahia.
De acordo com a Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), as investigações da Operação Cavalo de Aço duraram cerca de dois anos e mapearam a ação dos criminosos em vários pontos da capital do país. A rapidez e a habilidade dos criminosos em usar uma chave para quebrar a ignição das motos e ligar o motor chamam a atenção.
Veja os criminosos em ação:
A PCDF apurou que o grupo movimentou mais de R$ 500 mil em apenas um ano e acredita que o desmantelamento da quadrilha reduzirá os índices de furto desses veículos no DF.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, adulteração de sinais identificadores, receptação e lavagem de capitais, podendo pegar penas que superam os 20 anos de reclusão.
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