Raimundo Silva levou tiro após discutir com candidato. A bala entrou embaixo do olho, desceu pela cavidade nasal e parou no pulmão da vítima
“Até agora não teve complicações com a bala que está alojada no pulmão. Graças a Deus está se recuperando e respondendo bem aos tratamentos. Está estável, mas tem que ser observado de perto pelos médicos”, comentou Ana Paula.
De acordo com a mulher, a bala que entrou embaixo do olho de Raimundo desceu pela cavidade nasal e parou no pulmão da vítima. A expectativa é de que a bala não precise ser retirada, pois o procedimento é de alto risco.
“Estamos torcendo para que ele continue estável com a bala no pulmão. A cirurgia para a retirada é muito invasiva e de alto risco”, lembra a companheira de Raimundo. A mulher também trabalha na churrascaria Tchê Garoto, onde aconteceu o crime. Ana Paula e Raimundo Eduardo têm um filho juntos, de 1 ano e 8 meses. Além disso, ela está grávida de 3 meses.
Após ser baleado, Raimundo foi levado em estado grave ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde continua internado.
Briga
Nesse sábado (27/8), o ex-bombeiro Marco Antônio Leal da Silva, 55 anos, atirou em Raimundo Eduardo após discussão na churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto. O atirador acompanhava o candidato a deputado distrital Rubens de Araújo Lima, conhecido como Rubão, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
O político distribuía flyers no estabelecimento com o som do carro ligado. Clientes e funcionários passaram a reclamar do volume, quando uma briga aconteceu. O funcionário da churrascaria dirigiu-se ao candidato, pedindo que ele abaixasse o volume. A partir de então, iniciou-se uma briga e o agressor foi ao carro, pegou uma pistola e efetuou um disparo, no rosto do jovem.
O candidato do PTB à Câmara Legislativa do DF pronunciou-se e disse que lamenta o ocorrido. “Eu estava em uma via pública panfletando e colocando algumas falas sobre minhas bandeiras e projetos com um auxiliar. Pedi que ele fosse almoçar no referido restaurante. Quando ele regressou, pedi que ele ficasse no carro que eu iria almoçar em minha casa. Antes que eu terminasse, ele me ligou pedindo que eu regressasse urgente, pois haviam desligado e estavam querendo quebrar o som”, explicou.
Rubão disse, ainda, que voltou ao local e foi agredido por cinco rapazes. “Vários jovens vieram em minha direção, e novamente desligaram o som do carro, jogaram o conversor da bateria no chão e me agrediram com socos e pontapés. Nesse momento, o amigo vendo que eu estava sendo agredido covardemente por 5 jovens, em legítima defesa de terceiros efetuou o disparo”, defendeu-se.
Marco Antônio fugiu do local e a polícia do DF está mobilizada a procura dele. No carro de Rubão, um Accord Honda Prata, havia um adesivo como nome do candidato seguido da frase “Nem um passo atrás”, com o número dele nas urnas. Logo abaixo, um adesivo do presidente Jair Bolsonaro (PL), com a bandeira do Brasil.