São Paulo – Metade dos 52 nomes apontados pela Advocacia-Geral da União (AGU) como financiadores das caravanas que levaram golpistas ao ato que invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em Brasília, no último domingo (8/1), é do estado de São Paulo.
Entre os 26 paulistas que tiveram seus bens bloqueados pela Justiça Federal nessa quinta-feira (12/1), a pedido da AGU, estão vereador, empresário, comerciante e professora. Três deles fizeram Pix de R$ 1 para a campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): Carlos Eduardo Oliveira, Jean Franco de Souza e João Carlos Baldan.
Carlos Eduardo, conhecido como Dú Sorocaba, tem 51 anos e é vereador da cidade de São Pedro pelo PL, partido de Bolsonaro, e foi cabo eleitoral da campanha da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Nas redes sociais, ele publicou vídeos na porta de um quartel do Exército e fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O empresário João Carlos Baldan, de 47 anos, fretou um ônibus para levar bolsonaristas de São José do Rio Preto, no interior, ao ato golpista na capital federal. Antes dos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF), ele postou um vídeo com insultos e ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Vamos mostrar para esses vagabundos, esses comunistas de merda, o que é um pé na porta agora. Canalhas de uns vagabundos. Segura aí, Xandão de merda”, afirmou Baldan, que já postou fotos com armas, em acampamento bolsonarista e ao lado de Carla Zambelli e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Já Jean Franco de Souza, de 41 anos, que é de Mirassol, fretou um ônibus de Votuporanga até Brasília, para transportar bolsonaristas ao ato golpista do último domingo.
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Outra financiadora na mira da AGU, Marcia Regina Rodrigues, de Ribeirão Preto, doou R$ 5 mil para a campanha de Isaac Antunes (PL-SP) a deputado federal. Ele recebeu 14.371 votos e embora não tenha sido eleito, conseguiu uma vaga de suplente na Câmara dos Deputados.
A AGU montou a lista de financiadores com base em registros de fretamento cedidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O órgão considerou pessoas que pagaram por transporte, alimentação ou qualquer outro recurso que possibilitou a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Luís Nova/Especial Metrópoles
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Financiadores presos
Quatro dos 26 financiadores paulistas foram presos por participação nos atos: Alethea Veruska, cabeleireira de São José dos Campos, Michely Paiva Alves, dona de uma loja de acessórios e assistência técnica em Limeira, Sheila Mantovanni, professora de uma escola particular de Mogi das Cruzes, e Jorge Rodrigues Cunha, de Pilar do Sul.
Ao todo, os acusados moram em 24 cidades paulistas, entre elas Campinas, Limeira, Marília, Mirassol, Mogi das Cruzes, Ourinhos, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, São Pedro, São Vicente e Sorocaba, além da capital.
A AGU pediu à Justiça o bloqueio de bens no valor de R$ 6,5 milhões de 52 pessoas e sete empresas acusadas de financiar as caravanas golpistas, para que o valor possa ser utilizado para reparar os danos causados aos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, que foram depredados pelos atos de vandalismo.
Na decisão que bloqueou os bens, o juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro afirma que, ainda que os acusados não tenham participado diretamente dos atos antidemocráticos, é “absolutamente plausível” a tese de que eles “concorreram para a consecução dos vultosos danos ao patrimônio público” por terem financiado o transporte de milhares de manifestantes que participaram dos atos ilícitos.
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