Você sabia que, para emagrecer, precisa ir além de um plano alimentar regrado? A perda de peso envolve mil e uma variáveis, ou melhor, hábitos importantes que irão contribuir com a conquista do resultado dos quilos a menos na balança e dos índices positivos de exames clínicos. De acordo com o médico Pedro Andrade, a estética e o emagrecimento são consequências de um estilo de vida.
Entusiasta da medicina funcional, o especialista defende que, apesar de muitas pessoas terem em mente que é necessário “passar fome” para emagrecer, esse não é o caminho certo a se percorrer. “Vários pacientes vêm até a mim com queixas de que não está comendo nada e, mesmo assim, continua com dificuldade para alcançar seus resultados”, ilustra ele.
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Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) em 2015, Pedro Andrade também é pós-graduado em nutrologia (ABRAN), endocrinologia e envelhecimento saudável, com cursos de extensão em Nutrigenética e Medicina de precisão na Universidade da Carolina do Norte.
A seguir, ele lista 5 pilares para quem quer emagrecer com saúde:
1. Dormir bem
Conforme explica o médico, ter uma boa noite de sono ajuda na perda de peso por promover a regulação dos níveis de hormônios relacionados à fome. São eles: a grelina e a leptina. Não só isso. Dormir bem contribui com a redução dos níveis de cortisol no sangue, substância produzida em razão do estresse, o que, consequentemente, tende a aumentar o apetite e dificultar a queima de gordura.
“A maior parte das pessoas precisa dormir entre 6 e 8 horas por dia para a reposição de energias e regulação das funções do corpo”, atesta o pós-graduado em nutrologia, endocrinologia e envelhecimento saudável.
2. Alimentar-se bem
“Uma alimentação balanceada é fundamental para o processo de emagrecimento”, avalia Pedro. O que o profissional disse não é segredo, contudo, há quem faça dietas restritivas e prejudique a saúde com o método rigoroso. Os interessados em perder peso devem passar por um processo de reeducação alimentar, dessa forma, necessitam fazer trocas inteligentes no prato. “Priorize alimentos frescos, vegetais, proteínas magras em vez de opções processadas, ricas em açúcar e gorduras”, sugere.
“Cada caso deve ser avaliado especificamente para que possa ser traçada uma dieta precisa com a finalidade de que o indivíduo consuma a quantidade ideal de carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e todos os demais nutrientes”, orienta Pedro Andrade.
3. Bom funcionamento intestinal
O intestino é considerado por cientistas como o segundo cérebro do corpo humano. Dentro do órgão, vivem inúmeros micro-organismos divididos entre bactérias boas e ruins, quando ocorre o desequilíbrio nessa microbiota, podem surgir doenças inflamatórias, intolerâncias e alergias alimentares, exemplifica o expert em nutrologia. Na lista de alertas do médico, consta ainda a dificuldade para emagrecer.
No ponto de vista de Pedro, a medicina não deu a devida importância ao intestino durante anos. “Hoje, o órgão ganhou o status até mesmo de segundo cérebro, capaz de proteger sistema imunológico e regular todo o funcionamento corporal, sendo assim, decisivo no emagrecimento saudável”, endossa. O especialista em saúde esclarece que quando essa região está desregulada favorece ao acúmulo de gordura e impede o organismo de absorver os nutrientes necessários.
4. Estar em dia com exames físicos e bioquímicos
Antes de um especialista elaborar o plano alimentar e opções de possíveis suplementações, o indivíduo que almeja perder peso, de maneira saudável, deve realizar exames clínicos para avaliar o real estado da saúde e quais nutrientes e terapias complementares serão necessárias. “Estar em dia com os exames físicos e bioquímicos torna todo o processo de emagrecimento mais leve, rápido e assertivo”, reforça o médico com curso de extensão em nutrigenética.
5. Cuidar da saúde mental
“A saúde mental está intimamente ligada com o sucesso no emagrecimento”, enfatiza Pedro Andrade. De acordo com o profissional, os principais “sentimentos” interligados à perda de peso são a ansiedade, compulsão e depressão: “Geralmente, pessoas ansiosas tendem a comer compulsivamente em busca de bem-estar e de conseguir relaxar pelo menos por alguns minutos”.
“O que acontece de forma geral é que as pessoas sentem prazer em comer e acabam comendo compulsivamente para dispor de mais e mais satisfação. Desse modo, engordam e com o aumento do peso, começam a diminuir a vida social, entram em um ciclo em que somente a comida passa a oferecer prazer”, salienta o médico.
Quando se depara com tais casos, Pedro busca ensinar o paciente a desenvolver o autocontrole. Técnicas de relaxamento, respiração e mudança de pensamento podem ajudar “nesse tipo de comportamento inadequado”. “A melhor maneira de retomar o controle de si mesmo é por meio de um bom processo de autoconhecimento”, recomenda.
6. Ter constância
Conforme frisa Pedro Andrade, a alimentação ideal é a feita de maneira balanceada e constante. Também tem de cumprir adequadamente todas as necessidades do indivíduo. Segundo o especialista em nutrigenética e medicina de precisão pela Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, é um erro seguir receitas milagrosas ou alguma técnica da moda. Ele indica recorrer à persistência e tomar cuidado com a saúde.
“Se busca melhorar o corpo, independentemente do motivo, é necessária a dedicação a longo prazo para conseguir observar resultados significativos em vez de apenas alguns meses de dieta e rotina”, instrui Pedro Andrade.
A alimentação balanceada a longo prazo traz diversos benefícios para sua saúde no geral, como: melhoria do rendimento no trabalho; aumento da concentração e da memória; fortalecimento do sistema imunológico; melhoria no controle de peso; e prevenção de doenças crônicas. “Disciplina, equilíbrio e constância são a chave para um estilo de vida saudável”, conclui o médico.
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