Conta de luz “zerada” em casa usada como cativeiro indica que chacina foi planejada

0
59

A casa usada como cativeiro na maior chacina do Distrito Federal foi alugada em outubro pelos autores do crime, mas só chegou a ser usada dois meses depois, no final de dezembro. À polícia, Francisco Alves Sobrinho, o proprietário da residência utilizada pelos criminosos para manter as vítimas, disse que compareceu algumas vezes ao imóvel para falar com o inquilino, mas o local “sempre estava vazio”.

O Metrópoles apurou que Francisco declarou à Polícia Civil que comprou o terreno em 1992 e fez uma casa em 1997, a qual utiliza para renda de aluguel residencial. O endereço fica no condomínio Vale do Sol, entre o Vale do Amanhecer e o Araponga, em Planaltina.

Infográfico com fotos de vítimas da chacina no DF e suas relações familiares bem como com os assasinos - Metrópoles

Casa usada para crimes

De acordo com o proprietário, os problemas com inquilinos já são recorrentes. Há quem não pague “e até mesmo alguns que utilizam o imóvel para crimes”. “A casa já foi alvo de várias operações policiais, inclusive com indivíduos envolvidos com tráfico de drogas”, informou o homem.

Segundo Francisco, a casa ficou fechada por muito tempo, sem alugar. Até que, em outubro de 2022, ele colocou uma faixa em frente ao imóvel anunciando a casa para aluguel.

No dia 24 daquele mês, o dono da residência foi contatado por Gideon Batista de Menezes, que se identificou como “Gil”, e resolveu fechar negócio por R$ 800. Depois, Francisco ligou para Horácio Carlos Ferreira Barbosa, que disse ser sócio de “Gil”. O imóvel foi alugado por esse valor, pago via Pix.

Francisco Alves diz que só viu Gideon uma vez pessoalmente e que nunca chegou a conhecer Horácio. O dono da casa conta que esteve no local algumas vezes para tentar contato com o locatário mas o imóvel não estava ocupado. Mesmo assim, o proprietário diz que recebia o aluguel todo dia 24, assim como as conta de luz e água eram pagas normalmente.

À Francisco, Gideon disse que trabalhava com conserto de carro. Como o pagamento estava sendo feito corretamente, Francisco disse não ter se preocupado mais com os inquilinos. “A conta de luz sempre vinha com zero consumo”, afirmou, em depoimento.

Publicidade do parceiro Metrópoles 1

Publicidade do parceiro Metrópoles 2


0

Descoberta

Apenas em 19 de janeiro que o locador teria reconhecido Gideon, por meio de uma reportagem sobre a chacina. No mesmo momento, ele diz que viu na TV a prisão de Horácio e desconfiou que ele seria o homem responsável pelas transferências.

Após o caso vir à tona, Francisco foi localizado por uma equipe de policiais da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina). Ele disse que não conheceu Fabrício Silva Canhedo nem as vítimas do crime.

Por fim, o locador disse que trabalha de forma autônoma com locação de mesas, cadeiras e freezers, além de ressaltar que “não tem nenhum antecedente criminal”. Aos policiais ele afirmou que pretende vender a casa “na primeira oportunidade”.

The post Conta de luz “zerada” em casa usada como cativeiro indica que chacina foi planejada first appeared on Metrópoles.

Artigo anteriorCongresso: isolado no Senado, PL busca comissões-chave na Câmara
Próximo artigoExpert em nutrologia cita 5 pilares para quem quer emagrecer com saúde