Xande de Pilares sobre Ferrugem: “É como trabalhar com o Arlindo”

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Desde que deixou o grupo Revelação, em 2014, Xande de Pilares vem investindo em sua carreira solo e mostrando que, mesmo aos 53 anos, pode se reinventar. Após lançar o primeiro DVD de sua nova fase, batizado de Nos Braços do Povo, em 2020, o cantor volta aos holofotes com Esse Menino Sou Eu, segundo projeto solo de sua carreira. Nesta sexta-feira (31/3), o sambista estreia o single Me Abraça, ao lado do cantor Ferrugem.

Na canção, composta por Claudemir, Caique, Rodrigo Leite e Peu Cavalcante, Xande de Pilares e Ferrugem conversam com todos os públicos, desde melhores amigos a casais apaixonados, em um encontro de gerações classificado pelo cantor como a prova de que “o samba não acaba nunca”. O DVD foi gravado em fevereiro no Morro da Urca, no Rio de Janeiro.

“[Me Abraça] É uma música que cada um pode levar ela para uma região. Podem ser dois amigos conversando, uma relação de dasal, pode ser duas pessoas tentando se entender”, explicou Xande, em conversa exclusiva com o Metrópoles. Ele ainda contou que a canção foi gravada inicialmente por Reinaldo, o Príncipe do Pagode, morto em novembro de 2019.

Assista, com exclusividade, ao clipe de Me Abraça:

O cantor ainda fez questão de exaltar Ferrugem, com quem trabalhou em outros projetos: “Primeiro é coragem! Para cantar com o Ferrugem tem que ter coragem (risos).”

“Trabalhar com o Ferrugem foi como trabalhar com o Arlindo, como alguém vai trabalhar com o Ferrugem amanhã. É a conexão do mais novo, do mais experiente… Além disso, eu acho o Ferrugem um fenômeno cantando. É uma amizade que já vem há anos, e aí surgiu oportunidade dele participar do meu trabalho”, completou.

Veja o bate-papo completo com Xande:

Xande de Pilares e a nova geração

Xande de Pilares também opinou sobre o encontro de gerações entre os cantores do “novo pagode” e os artistas do “antigo samba”. Ele pontuou que “o samba é uma coisa só”, e citou que “uma andorinha só não faz verão”, afirmando que sempre trabalha para atingir todos os públicos.

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“Eu acabo sendo muito surpreendido todos os dias com um jovem de 12, de 17 ou de 25 [anos], ou uma senhora de 90, e são coisas que acontecem na vida da gente que a gente só vai perceber quando a gente sobe no palco, entra numa loja, num aeroporto. O fato de você estar conectado de uma geração da outra, eu acho muito importante”, afirmou.

O samba é uma coisa só. É que cada um tem sua maneira de interpretar. O samba é uma coisa só, que está ali, e tudo acontece em volta dele, só que em gerações [diferentes]. O samba não acaba nunca, o importante é que precisa ter gente nova.

Xande de Pilares

Xande, inclusive, convidou nomes como Zeca Pagodinho, Alexandre Pires, Revelação, Belo, MC Ryan SP e Menos é Mais para o novo DVD, e afirma seu respeito pelos mais jovens e pelos novos nomes da música brasileira: “Quando você acha que ninguém está olhando para você, e vem alguém e mostra isso, eu acho que é legal você retribuir.”

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