Mãe de Sara Carlos sobre sumiço da filha: “Dor que nunca acaba”

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“Eu passo a noite acordada. Quando batem nas portas dos vizinhos, penso que é ela chegando. É muita solidão”. O desabafo é de Ana Cleide, 47 anos, mãe de Sara Carlos de Morais Silva. A jovem está desaparecida desde janeiro de 2022, quando saiu de casa para passear em um shopping entre Taguatinga e Ceilândia.

Veja fotos da jovem:

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Na última quarta-feira (12/4), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou Jailton Silva dos Santos, de 32 anos, como o principal suspeito pelo sumiço da adolescente. Os policiais também apuram se o homem teria dopado e estuprado Sara Carlos, que tinha apenas 14 anos quando desapareceu.

Depois de mais de um ano , a mãe da garota relata já estar conformada com a situação “porque vai ser uma dor que nunca vai acabar”. A mulher ainda comenta sobre vontade por uma notícia boa: “Eu queria uma resposta dizendo que ela está viva, mas, se não tiver, está nas mãos de Deus. É esperar Deus fazer Justiça”.

Suspeito

Jailton Silva foi preso em São Paulo e será trazido ao DF nos próximos dias. Os policiais verificaram que ele usava diferentes nomes para tentar enganar a polícia e as vítimas – entre elas, Sara – e poder estuprá-las. A corporação investiga o envolvimento de outras duas pessoas.

Sara e Jailton teriam se conhecido em festas na Estrutural. Após um tempo de convívio, o suspeito teria convidado a adolescente para trabalhar com ele em uma empresa de limpeza de estofados, da qual era proprietário.

Vídeo do suspeito:

Depois do expediente, em um dos dias de trabalho, Jailton convidou Sara para ir à casa dele, onde a teria dopado e estuprado. Segundo familiares da garota, o homem conhecia a família e frequentava a casa da jovem.

“Já tínhamos visto. Ele veio aqui na minha casa. Antes de ela sumir, ele levou ela pra trabalhar. Trabalhou um dia e no outro já não quis mais. A gente não estava sabendo desse ponto dele, que ele era assim, criminoso. Ele parecia uma pessoa tranquila, correta, que queria ajudar a Sara e a família”, diz Ana Cleide

Prisão em São Paulo

O suspeito foi detido por causa de um roubo, cuja ocorrência tinha um mandado de prisão em aberto contra Jailton. No entanto, a polícia desconfiava de que o assaltante tivesse relação com o caso de desaparecimento.

À época do crime, Jailton morava na Estrutural, mas também residiu em Vicente Pires. A PCDF acredita que os restos mortais da jovem estejam em um imóvel nesta segunda região administrativa.

“Existem sérios indícios de que, nessa casa, poderá ser encontrado o corpo de uma pessoa”, declarou o delegado-chefe Mauro Aguiar, da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), à frente das investigações. “Nós trabalhamos com a hipótese de que Sara não esteja mais viva. Essa possibilidade foi comunicada à família”, continuou o responsável pelo caso.

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