A animação Elementos, da Disney Pixar, chega com uma proposta diferente de outras produções do gênero. Formados pelos elementos fogo, água, terra e ar, cada personagem possui características muito particulares. Ember é uma jovem composta por chamas e que se apaixona por Wade, que é aquático.
Apesar de contar uma dificuldade acima da média, Jeremy Talbot e Junyi Ling, supervisores de personagens da Pixar, relataram ao Metrópoles que a experiência reserva muitos desafios, mas também diversão na hora da criação dos intérpretes desta produção.
“Foi muito desafiador, porque nós nunca fizemos personagens de fogo e de água antes. Foi uma experiência muito divertida com nossas equipes, para ser capaz de dizer. Não sabemos como faz isso, vamos resolver todos juntos e ver todos trazerem seus talentos para o projeto”, declarou Talbot.
“A coisa mais gratificante para mim foi ter tantas pessoas muito talentosas trabalhando juntas. Nós trabalhamos em um sistema de sprint, onde há cada três semanas, vamos apenas trabalhar para criar um olhar para o personagens em que estamos trabalhando e coisas do gênero. Esse processo é supergratificante porque temos muitas pessoas que são extremamente criativas para inventar algo novo”, completou Junyi.
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Assim como cada elemento tem a sua particularidade, os personagens também se tornam únicos, mas diferentes entre si. Por exemplo, o fogo, quando é atingido por água, se apaga parcialmente. Para se restaurar, Amber e seus semelhantes comem um pedaço de madeira. Já Wade, por exemplo, passa por canos, mas toma forma quando necessário. No trailer, inclusive, uma criança de água é absorvida por uma bucha.
Sobre essas movimentações, que são constantes e as modificações ao qual os personagens são propostos, os supervisores explicam como a tecnologia os ajudou.
“Um dos desafios que tínhamos em nosso departamento era como garantir que a animação tivesse as ferramentas necessárias para expressar essas ideias. Em muitos casos, não conhecíamos todas as ideias que a animação teria. Nosso maior desafio foi construir um sistema flexível para que a animação pudesse fazer essas piadas, ideias ou desempenhos e não ser limitado pela tecnologia”, declarou Jeremy Talbot.
“Assim, os momentos de atuação, ideias e coisas, como ser transportado através dos canos, por exemplo, é muito importante para nós”, explicou o supervisor.
“Assim, você pode realmente levar diferentes abordagens artísticas. Talvez, o fogo não se extingue, talvez ele só precise chegar ao equilíbrio perfeito juntos. Então, é uma espécie de intenção que transmite emoções e empurra a história para a frente. O objetivo disso é basicamente ser capaz de ser o mais flexível possível para transmitir a dinâmica entre os personagens em uma forma muito elementar, certo? Como o que a água faria? O que faria o fogo? Esse tipo de coisa”, declarou Junyi.
Sobre o resultado, os dois supervisores de personagem se mostraram maravilhados. “É um filme absolutamente deslumbrante. Eu estava tão animado quando voltamos a trabalhar juntos, para vê-la na tela a primeira vez. Acho que chocou todos nós, foi apenas esta maravilhosa surpresa. Mal posso esperar que todos os outros os vejam também na tela grande”, explicou Talbot.
“É um verdadeiro prazer ver estes personagens. Me deixou louco em termos de como ser capaz de ver a razão (do filme) e como há um pouco de extra. Nós sentamos no meio da produção e, depois de criar um personagem, vai para a animação, entra em efeitos e entra em iluminação. Isto é simplesmente deslumbrante. Foi acima e além de todas as expectativas que eu tinha durante o processo”, disse Junyi.
Jeremey Talbot e Junyi Ling já trabalharam em filmes que venceram o Oscar de Melhor Animação. Enquanto o primeiro participou de Valente, o segundo esteve na produção de Ratatouille.
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