O presidente americano, Joe Biden, assinou neste sábado (3/6) a lei que suspende o teto da dívida dos Estados Unidos (EUA).
A lei foi aprovada pelo Congresso americano nesta semana, após dias de imbróglio. O texto foi costurado depois de um acordo entre os republicanos, que têm maioria na Câmara, e o governo Biden, que é do Partido Democrata.
O Departamento do Tesouro dos EUA afirma que, sem o acordo, não conseguiria honrar com seus compromissos a partir de 5 junho.
“Encontrar um consenso além das diferenças partidárias é difícil. A unidade é difícil, mas nunca devemos deixar de tentar”, disse Biden.
Suspensão da dívida dos EUA
Pelo acordo, o teto da dívida dos EUA, que supera US$ 31 trilhões, fica suspenso até 2025.
Em contrapartida, o governo se comprometeu a manter o gasto público estável nos próximos dois anos e aumentá-lo em apenas 1% em 2025.
Embora o acordo tenha evitado que o governo americano ficasse sem recursos — o chamado shutdown —, os termos da lei levantam dúvidas nos mercados globais pelo potencial de desaceleração na economia.
Nos últimos trimestres, os gastos do governo tiveram impacto relevante no crescimento dos Estados Unidos, o que tende a ser reduzido a partir de agora.
Para o governo Biden, a obtenção de um acordo evitou um cenário pior de shutdown. Por outro lado, implicará em limitações nos gastos do governo em pleno ano eleitoral, em 2024.
Biden deve disputar a reeleição pelo Partido Democrata. Pelo lado do Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump também pode ser candidato, repetindo o duelo de 2020.
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